Temer diz que não traiu ‘ninguém’ e critica proposta de novas eleições
Ele disse que aceitou ser vice de Dilma em 2014 por ‘circunstâncias’ políticas’
O presidente em exercício, Michel Temer, afirmou que não traiu “ninguém” para chegar à Presidência da República. Ele deu a declaração ao ser questionado pelo jornalista sobre o discurso da presidente afastada, Dilma Rousseff, de que foi vítima de um “golpe” e as acusações da petista de que ele seria um dos principais articuladores do impeachment. Ele também criticou a proposta defendida por parte da oposição de novas eleições para presidente caso Dilma consiga barrar o processo de impeachment no Senado.
No dia 10, Dilma defendeu, em entrevista à TV Brasil, uma “consulta popular” para verificar a opinião dos eleitores a respeito dos rumos do mandato, caso ela consiga retornar ao comando do Palácio do Planalto, dando a entender que apoiaria um plebiscito para avaliar a antecipação das eleições presidenciais. Na ocasião, a petista afirmou que essa seria a única maneira de “lavar” o que ela chamou de “lambança do governo Temer”.
Rreportagem do jornal “O Globo” publicada em 3 de junho mostrou que Dilma já aceitou uma proposta de parlamentares petistas de convocar um plebiscito para consultar a sociedade sobre a antecipação das eleições presidenciais. Emissários de Dilma no Senado, como a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), ex-ministra da Agricultura, têm feito sondagens a parlamentares sobre a hipótese de fazer o plebiscito junto com as eleições municipais, a respeito da interrupção do mandato e da convocação de novas eleições em 90 dias, informou a publicação.
“Eu não acho útil para a senhora presidente [fazer novas eleições]. Porque, no instante em que ela diz que aceita um plebiscito para eleições, é porque ela deseja voltar para depois não governar. Não é útil porque, se vai voltar para depois convocar eleições, então é porque não quer governar”, ressaltou Temer na entrevista à GloboNews.
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