Política

Randolfe lança pré-candidaturas para a prefeitura de Santana

Jovem médica encabeça a chapa; vereador, antes cotado como candidato a prefeito, é confirmado como candidato a vice

 


O senador Randolfe Rodrigues fez o lançamento oficial na manhã desta sexta-feira, 24, no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9) da pré-candidatura da médica Clotilde Flexa (PCdoB) à Prefeitura de Santana; até então cotado para ser o candidato a prefeito pela Rede, o vereador Richard Madureira é o candidato a vice, consolidando, assim, a aliança entre os dois partidos no município.
De acordo com Randolfe, a escolha de Clotilde, que é irmã da deputada federal Marcivânia Flexa, “caiu como uma luva” para as pretensões do partido: “Clotilde é uma jovem médica, uma mulher com ótima formação e é amada pelo povo de Santana; o Richard todos conhecem, é um jovem de boa índole e um vereador aguerrido. Com essa chapa estou convencido de que vamos fazer uma belíssima campanha em Santana”, previu.
 
Passando o país a limpo
Sobre a Operação Lava Jato e seus desdobramentos, que agora culminaram a prisão do ex-ministro do Planejamento no governo Lula, Paulo Bernardo, Randolfe afirmou que é um marco importante para acabar com a corrupção, mas alertou que a sociedade precisa estar atenta para que a classe política não repita o erro da Itália: “A sociedade precisa estar atenta para que não ocorra no Brasil o mesmo desdobramento da Operação ‘Mani Pulite’ (Mãos Limpas), em que, acuada, a classe política criou leis para inibir as investigações, o que fez com que a corrupção crescesse ainda mais; e políticos querem fazer a mesma coisa aqui, e isso nós não podemos permitir; inclusive na próxima terça-feira vou participar de um debate promovido pelo Ministério Público Federal, em Brasília, que terá a participação do procurador que comandou a Operação 
De acordo com o senador, a Operação Lava Jato ainda vai ter desdobramentos que atingirão várias instituições, inclusive nos estados: “Conforme disse o próprio delator Sérgio Machado, a Petrobras é a dama mais honesta do prostíbulo, e que o esquema de corrupção nas estatais existe desde 1946, desde o Marechal Deodoro das Fonseca; a grande diferença de lá pra cá é que a Constituição Federal de 1988 que deu poder ao MP (Ministério Público) para investigar, além da importantíssima conquista de 2003, em que a nomeação do chefe do MP passou a ser feita através da lista tríplice; a investigações tendem a se ampliar ainda mais, inclusive chegando aos estados, como aconteceu agora com Pernambuco; para isso, entretanto, é preciso o apoio da sociedade brasileira, porque existem ameaças concretas de se acabar com a Lava Jato, como bem já mostraram algumas intercepções telefônicas do próprio Sergio Machado, em que se tramou para Operação Lava Jato silencia; o que se tem na mão agora é a sociedade como instrumento de mobilização para combater a corrupção”.
 
Delação premiada
Questionado sobre se é a favor da delação premiada, Randolfe destacou a sua importância para o aprofundamento das investigações: “Esse instrumento visa desmantelar redes criminosas, como, por exemplo, Serveró e Paulo Roberto eram partes da engrenagem, porque tinha chefes que mandavam, e o objetivo é acertar os chefes; atingir os chefes, pegar a ponta da organização; se não fosse a delação premiada, a Operação Lava Jato tinha acabado com o Alberto Youssef, logo na primeira fase, e só chegou ao Paulo Roberto Costa por causa de delações premiadas”.
 
Para o senador, a solução da crise que o Brasil enfrenta passa pela mudança do atual sistema política: “A reforma política é necessária, inclusive com o fim do financiamento privado de campanha e a criminalização do ‘caixa 2’, porque do jeito que está incentiva a corrupção; outra providência é a convocação urgente de novas eleições gerais, porque apesar das falta de quadros atualmente, qualquer um que venha a ser eleito será legitimado pela população”.

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