Cachoeira e ex-diretor da Delta são presos pela PF e seguem para o Rio
Entre 2007 e 2012, teve 96,3% do seu faturamento oriundo de verbas públicas, chegando ao montante de quase R$ 11 bilhões
A Polícia Federal já deixou o condomínio de luxo Alphaville Cruzeiro do Sul e seguiu direto para o Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia. Nos dois carros, os policiais levaram o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o ex-diretor da Delta Construções Cláudio Abreu. Os mandados de prisão foram cumpridos em menos de uma hora. Segundo os policiais federais, eles irão ao Rio em voo comercial.
O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) deflagraram na manhã desta quinta-feira “Operação Saqueador” para cumprir cinco mandados de prisão em São Paulo, Rio e Goiás. Entre os alvos, além de Cachoeira e Abreu, estão o ex-presidente da empreiteira Delta Construções Fernando Cavendish e o empresário Adir Assad, que já foi condenado na Operação Lava-Jato.
No Rio, a polícia não encontrou Cavendish, e ainda espera um contato da defesa antes de considerá-lo foragido. Há, porém, um registro de saída do país do empresário para a Europa no dia 22 de junho, e segundo o delegado Tácio Muzzi, ele pode constar na lista da Interpol nas próximas horas. Os policiais chegaram a levar um cofre da casa do empreiteiro da Delta.
Em São Paulo, Adir Assad também foi preso. A defesa de outro alvo da operação, Marcelo Abbud, já entrou em contato com as autoridades e informou que seu cliente irá se apresentar ainda hoje.
Na ocasião da primeira operação, porém, o bicheiro morava numa casa no Alphaville Ipês, no mesmo imóvel que pertenceu ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). O Cruzeiro do Sul é vizinho ao Ipês.
MONTE CARLO
A Monte Carlo, em 2012, prendeu Cachoeira e mais 34 pessoas suspeitas de envolvimento num esquema criminoso de exploração da jogatina mediante corrupção de forças policiais e de integrantes dos governos de Goiás e do Distrito Federal. A evolução das investigações demonstrou uma atuação que ia muito além da exploração ilegal de jogos de azar. O bicheiro atuava para a Delta Construções, conforme as investigações, em contratos com diferentes governos.
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