Diário no Carnaval

Por trás do carnaval: conheça os que fizeram os desfiles acontecer

Embora nem sempre sejam vistos pela multidão, sem empurradores de alegoria e técnicos de som as escolas de samba não passam pela avenida.


No Carnaval, a folia é praticamente secundária para um grupo de trabalhadores que têm a função de atender a quem precisa. A gente quase não os vê, mas a organização e o foco deles são fundamentais para a manutenção do antes, durante e depois das festas.

O técnico de som, Edimar da Silva Martins, de 42 anos, faz parte desse grupo. Ele é um dos 7 homens responsáveis por levar e trazer os cabos usados pelo carro de som da bateria de todas as escolas de samba que passam na avenida.

 

Ele conta que este é o seu quarto carnaval trabalhando. A preparação para a maratona inicia com os ensaios técnicos e só termina depois da última escola passar na avenida. O trabalho também inclui a força.

“O preparo e a atenção são fundamentais, temos todo o cuidado para não quebrar o cabo. A estrutura é pesada e também precisamos de força física. Nós desfilamos o dobro porque vamos e voltamos na avenida em todas as escolas da noite”, detalha o Edimar.

O empurrador de alegorias
Desfilar na avenida sem ser visto também é a especialidade do empurrador de alegorias Robson da Silva, de 25 anos. Este ano, ele tem sua primeira experiência nesse segmento no carnaval. Ele conta que o emprego temporário é uma oportunidade de renda extra.

“O trabalho é feito com muito esforço, sincronia e alegria. Temos um dirigente auxiliando para irmos juntos e não ocorrer acidentes, para não danificar os carros”, explica o profissional.

O trabalho é realizado junto com uma média de 15 homens para empurrar uma alegoria, eles desfilam diversas vezes, mas ninguém os vê porque eles ficam embaixo dos carros ou mesmo atrás. O serviço braçal é realizando antes, durante e depois do desfile com a recondução das alegorias para os barracões das escolas de samba.

O enfermeiro Kleber Pena, primeira vez foi escalado para trabalhar no carnaval. “Mesmo trabalhando focado nos atendimentos a gente consegue aproveitar um pouco. Entre um atendimento e outro ouvimos um pouco do samba das escolas e assim vamos vivendo o carnaval também”

Quem também curte o carnaval de uma forma diferente é a dona Francisca Santos. Ela é vendedora de cachorro quente, e aproveita o período para garantir um reforço extra na renda.

“Comecei a trabalhar com comida no arraial de São José, e desde então aproveito esses eventos para garantir uma graninha. Estou com grande expectativa de conseguir vender tudo durante os dois dias”, comentou.

Junto a eles centenas de trabalhadores prestam serviços no carnaval seja nas praças de alimentação, garantindo a segurança e ordem ou assegurando atendimentos essenciais para que os foliões aproveitem os dias de folia.


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