Diário Política

Após reunião com Alckmin, enviada da União Europeia fala em ‘acelerar’ acordo com Mercosul

Acordo é negociado desde 1999 e está há cerca de 4 anos em fase de revisão. Margrethe Vestager disse que finalização está na ‘prioridade’ do bloco europeu.


 

A vice-presidente-executiva da Comissão Europeia, Margrethe Vestager, afirmou nesta sexta-feira (17) que é preciso “acelerar” o acordo entre a União Europeia e o Mercosul.

 

Margrethe Vestager deu a declaração em Brasília, após participar de uma reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin.

 

O acordo Mercosul-União Europeia é negociado desde 1999. Vinte anos depois do início das conversas, em 2019, os blocos finalizaram as negociações comerciais e, um ano depois, os chamados aspectos políticos e de cooperação. Desde então, o acordo está em fase de revisão.

 

Intensificação de tratativas

Na semana passada, os chamados “negociadores-chefes” do acordo Mercosul-União Europeia se reuniram em Buenos Aires, na Argentina. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, as negociações deverão ser “intensificadas” a partir de agora.

 

A questão ambiental está entre os entraves para a conclusão do acordo. Diante disso, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, já declarou que atuará para tentar destravar o acordo e concluir as negociações.

 

Durante o governo Jair Bolsonaro (PL), diversos países da Europa criticaram a condução da política ambiental no Brasil. Noruega e Alemanha, por exemplo, principais doadores do Fundo Amazônia, suspenderam os repasses. Além disso, a França passou a criticar publicamente a condução da gestão ambiental do governo Bolsonaro.

 

Em 1º de janeiro, quando tomou posse, o presidente Lula (PT) assinou um decreto determinando a reativação do Fundo Amazônia, e a Noruega e a Alemanha retomaram os repasses – Estados Unidos e União Europeia já anunciaram intenção de fazer repasses ao fundo

 

‘Fortalecer’ relações

Ao lado de Margrethe Vestager, o vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou ser preciso “fortalecer” as relações entre os dois blocos.

 

Alckmin também ressaltou que o presidente Lula tem defendido o combate às mudanças climáticas e ao desmatamento, além da adoção de medidas que visem o desenvolvimento sustentável.

 


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