Governo monta estratégia para combater crime organizado na penitenciária
Informação é do diretor do Iapen, delegado de polícia civil Luiz Carlos
Douglas Lima
Editor
Em entrevista ao Sistema Diário de Comunicação, o diretor do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), delegado de polícia civil Luiz Carlos, revelou que foi traçada uma estratégia do governo do estado, através da Secretaria de Segurança Pública, para agir contra o crime organizado que atua dentro da própria penitenciária.
Sem entrar em detalhes mais imediatos, o diretor disse que a estratégia passa pela área de segurança média construída no Iapen e que no momento está sendo adequada para receber os presos considerados de altíssima periculosidade.
Luiz Carlos acha que a migração de presos para a área de segurança média vai impedir que eles continuem articulando, e que o auge do combate ao crime organizado ocorrerá quando o presídio de segurança máxima entrar em funcionamento.
Com currículo extenso, tendo até mestrado em filosofia, sem falar em sua formação em ciências criminais, o delegado Luiz Carlos diz que se surpreendeu com a escolha dele para a direção do Iapen, mas confessa que há muito tempo pretendia ocupar o cargo.
O diretor da penitenciária lembra que mantinha contato muito próximo com o Iapen e que percebia a existência de muitos problemas internos, e assim alimentava o pensamento de promover mudanças que pudessem causar melhorias em todos os sentidos.
Entre as vontades do delegado de polícia civil, estava principalmente interferir nas ações do crime organizado e administrado de dentro da penitenciária, por presos líderes de facções que atuam no estado do Amapá, principalmente em Macapá e Santana.
Luiz Carlos também pensava em proporcionar melhores condições de trabalho aos servidores, policiais penais e educadores. Ele classifica a penitenciária como uma cidade em funcionamento durante as 24 horas de cada dia.
O experiente delegado ensina que o Iapen não é unicamente um centro de custódia para presos condenados ou presos provisórios. “É preciso fornecer alimentação, energia elétrica, saneamento básico, medicamentos. A penitenciária é uma instituição”, define.
Na entrevista, Luiz Carlos se refere ao Delegado César Ávila, ao qual convidou para auxiliá-lo como vice-diretor do Iapen. Os dois, quando em outras funções na segurança pública do estado, dividiam ideias a respeito da administração da penitenciária.
“A missão é complexa, mas foi aceita com muita determinação. Já estamos trabalhando, conhecendo a dinâmica de cada setor do Iapen, e isso vai causar um resultado bom e satisfatório, principalmente para a sociedade amapaense”, conclui o Delegado Luiz Carlos.
Reportagem: Jair Zemberg
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