“Hidrogênio verde é o futuro do Amapá nas relações internacionais”, afirma diplomata em roda de conversa na Unifap
Energia solar também está entre as propostas de energia a ser gerada no estado e na região amazônica
Wallace Fonseca
Estagiário
Em parceria com a Secretaria de Relações Internacionais e Comércio Exterior do Amapá, o Centro Acadêmico de Relações Internacionais da Unifap promoveu, nesta quinta-feira, 13, no auditório do Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas, uma roda de conversa com o diplomata Ricardo Nogueira, subchefe da Divisão de Europa Setentrional como representante do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Em sua fala, o diplomata falou a estudantes e professores, com bom humor, sobre a profissão, curso de diplomacia, cargos, segurança, atribuições, idiomas, acessibilidade, preconceito no Itamaraty, economia, fronteiras, líderes mundiais e acerca da região amazônica.
“Hidrogênio verde é o futuro do Amapá nas relações internacionais”, disse Ricardo Nogueira, imediatamente recebendo aprovo do também diplomata e secretário de relações internacionais do Amapá, Lucas Abrahao, que estava presente na roda de conversa. O hidrogênio verde é uma fonte de energia produzida a partir da eletrólise de água, com pouca ou nenhuma utilização de carbono.
O diplomata disse que em questões econômicas e de desenvolvimento do Amapá, o estado pode se destacar na produção de energias limpas, que excluem qualquer tipo de poluição em seu sistema de elaboração, que em geral é causador do efeito estufa, resultando em mudanças climáticas.
Quando indagado sobre a visão do Itamaraty a respeito do Amapá e região Norte, o diplomata brasileiro declarou: “Temos um escritório no estado do Amazonas, é o único na região Norte; é impossível desassociar esta região da floresta amazônica. Líderes mundiais vêm ao Brasil para falar da região”, concluiu, enfatizando a visão das autoridades do exterior a respeito da área.
No momento de tira-dúvidas sobre sua função, Ricardo pontuou: “Falar de diplomacia humaniza a profissão; se a carreira for acessível a todos os setores da população, quem vai ganhar é o Brasil”, salientou Ricardo, como incentivo à plateia composta de futuros diplomatas.
O convidado vê que os amapaenses têm muitas barreiras de entrada na Guiana Francesa. O regime assimétrico de vistos e a ponte binacional, que praticamente só é utilizada pelos franceses, são algumas das tribulações. Ele também observou que a relação Brasil e França é assunto que merece destaque, já que a maior fronteira terrestre do país franco é com o Brasil.
O diplomata Ricardo Nogueira e Lucas Abrahao, o secretário de relações internacionais do estado do Amapá, além dos acadêmicos, foram recepcionados pela coordenadora do Curso de Relações Internacionais da Universidade Federal do Amapá, Camila Lippi.
Lucas, que cursou Relações Internacionais na Unifap, declarou: “O governo do estado tem o papel de cooperar com a universidade federal, que é uma grande parceira. Realizaremos todas as ações que pudermos para ajudar na formação dos profissionais de relações internacionais”.
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