Pai de Emily expõe revolta e dor em julgamento de Kassio pelo feminicídio da cabo
Eudes Monteiro afirma que Kassio parecia ser tranquilo, mas a filha começou a reclamar constantemente sobre o ciúme possessivo do companheiro
A quarta testemunha a depor no julgamento do feminicídio da cabo Emily, nesta terça (22), foi o pai da vítima. Eudes Monteiro começou a depor por volta das 13h20, e relembrou os últimos momentos com a filha naquele 12 de agosto de 2018, Dia dos Pais.
Segundo o pai, Kassio era “aparentemente uma pessoa normal, que tratava ela muito bem”. Emily só teria começado a reclamar depois de um tempo, quando Kassio começou a ter sempre comportamentos possessivos.
No dia do assassinato, momentos antes o então casal chegou junto à casa de Eudes para celebrar a data do dia dos pais.
“Eles chegaram, me parabenizaram, deram presente e ela me disse: ‘pai, tenho uma coisa pra te falar. Eu e o Kassio estamos nos separando, inclusive já fomos ver o apartamento pra ele morar”, relembra.
Após ficar alguns momentos na área comum da casa do pai, Emily e Eudes foram conversar. “Ela subiu para o meu quarto, conversamos, ela chorou e deitou no meu colo. Depois ela desceu e ficou lá embaixo, com minha esposa. Aí eu chamei o Kassio e conversei com ele também. Falei que eles precisavam conversar e terminar numa boa, como eu dei exemplo nas 3 vezes que terminei relacionamento”, contou o pai da vítima.
Emily e Kassio teriam ido embora, pois a cabo alegou não estar bem e iria descansar. Horas depois, o pai foi chamado para ir ao HE e recebeu a notícia.
“Isso me desmoronou. Não nego que se eu tivesse encontrado, naquele momento, eu teria matado ele. Porque ele não tem amor, é um covarde, pessoa fria. Ela se preocupava tanto com ele, de fazer besteira, e ele fez isso com ela“, lamentou.
O pai acredita que o crime foi “friamente premeditado”. “Ele foi covarde, me abraçou dizendo que amava a minha filha e fez isso com ela. Um homem não faz isso”.
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