Diário Política

Juíza que substituiu Moro assume Operação Lava Jato

Juíza é a substituta na 13ª Vara Federal de Curitiba, onde ocorre Lava Jato, e assumiu posto de Eduardo Appio. Ela já substituiu Moro e condenou Lula no caso do sítio em Atibaia, decisão que depois foi revertida pelo STF.


 

A juíza Gabriela Hardt está novamente à frente da 13ª Vara da Justiça Federal do Paraná, de acordo com informação confirmada pela assessoria da imprensa do órgão nesta terça-feira (23). Com isso, Gabriela assume a responsabilidade da Operação Lava Jato.

 

Hardt foi substituta do ex-juiz Sergio Moro durante processos da operação. Em 2019, ela condenou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso do sítio de Atibaia. A decisão foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Ela também substituiu Moro quando o ex-juiz deixou o cargo para ser ministro de Bolsonaro. Neste ano, Gabriela determinou a operação da Polícia Federal que investigava ameaças contra Moro vindas de uma facção. Nove pessoas foram presas.

 

Na noite de segunda-feira (22), o juiz titular da vara, Eduardo Appio, foi afastado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) depois que uma investigação apontou que ele teria acessado um processo com o contato do filho de Marcelo Malucelli, desembargador afastado da operação, e feito uma ligação a ele.

 

De acordo com a JFPR, o magistrado também está de férias desde o dia 20 deste mês.

 

A assessoria do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) afirmou que Gabriela Hardt assumiu a função por conta das férias do magistrado. Contudo, diante do afastamento, se a condição permanecer até o fim do período, ela vai continuar à frente da 13ª Vara Federal.

 

Nesta terça-feira, Hardt já despachou no processo que sugere uma nova investigação da Polícia Federal sobre um grampo instalado na cela em que o doleiro Alberto Youssef ficou preso na Lava Jato.

 

Quem é Gabriela Hardt

Hardt é paranaense, tem 48 anos e cresceu em São Mateus do Sul, a 150 quilômetros de Curitiba. O pai dela trabalhava em uma unidade da Petrobras que fica na cidade.

 

Ela é formada em direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e prestou concurso para a Justiça Federal, em 2007, e foi nomeada juíza, em 2009, para uma vaga em Paranaguá, no litoral do estado.

 

 


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