Acácio rebate decisão do Ibama em audiência com a ministra Marina Silva
Deputado federal disse que a ministra e o presidente do Ibama precisam se aproximar da vivência na Amazônia para entenderem o impacto de suas decisões
“Talvez a Senhora ministra, os seus técnicos e o presidente do Ibama, precisam voltar às suas raízes e ter mais conectividade com os Estados da região amazônica para ter mais propriedade de discutir esse tema”, afirmou durante a audiência pública na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável o Deputado Federal, Acácio Favacho (MDB/AP).
Acácio Favacho questionou nesta quarta-feira (24) a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, quanto aos estudos apresentados pelo Ibama para a recusa da exploração de gás e petróleo na Foz do Amazonas. A ministra foi convidada para apresentar aos deputados o plano de trabalho e programas da pasta.
O Deputado formalizou sua insatisfação em relação a ausência na consulta ao povo amapaense e paraense quanto ao interesse na exploração, e cobrou mais conectividade do ministério com a população dos Estados envolvidos. “Conectividade, se puder acrescentar uma palavra no seu Plano de Trabalho, seu grupo de trabalho do Ministério do Meio Ambiente nas decisões futuras. Essa decisão foi açodada, precipitada, com todo respeito do meu ponto de vista e do meu povo do Amapá ao qual eu represento aqui, e do povo do Estado do Pará”, afirma.
O parlamentar reforçou as inconsistências do relatório do Ibama, e falou em nome dos deputados estaduais, vereadores, governadores, que ao contrário do Ministério Meio Ambiente realizaram amplamente audiências públicas, como a realizada no município de Oiapoque pela Assembleia Legislativa do Amapá, que infelizmente não contou com representante do Ibama. “A decisão não oportunizou o povo do Amapá e de todos os outros estados que compõem a margem equatorial. A senhora Ministra, não oportunizou a nossa população que é tão carente”, disse.
Acácio reforçou que a pauta do meio ambiente não é uma pauta de um partido. “Esta não é uma pauta da direita, da esquerda ou de centro, é uma pauta de todos nós, mas nós só vamos conseguir construir esse entendimento da direita, da esquerda, do centro, do poder executivo, do legislativo, do judiciário se tivermos a oportunidade no seu plano de trabalho a palavra conectividade. Nosso estado é pobre, carente e preserva para o mundo todo, mas que tem mais de 70% da sua população no CadÚnico”, reforça.
Favacho concluiu reforçando que: “Nove técnicos decidiram daqui de Brasília em seus escritórios, a vida do povo do estado do norte. Talvez, a ministra e os técnicos e o presidente do Ibama precisam, sim, voltar às suas raízes e ter mais conectividade com os Estados da região amazônica, para ter mais propriedade de discutir aqui nesta mesa. Finalizo, mencionando um trecho de uma música que é um hino para o Estado do Amapá – Quem nunca viu o Amazonas. Não contará nossa história por não saber e por não fazer jus”, conclui.
Deixe seu comentário
Publicidade