Execução no Congós: ordem para matar partiu de dentro do Iapen, diz polícia
Acusados revelaram que assassinato foi por retaliação
Elen Costa
Da Redação
Quatro elementos suspeitos de envolvimento em um assassinato ocorrido na noite desta terça (23), no bairro Congós, zona sul de Macapá, foram presos nesta quarta-feira (24), no município de Pedra Branca do Amapari – a 187 quilômetros da capital.
A captura do bando foi fruto de uma ação integrada da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Pessoa (Decipe), Coordenadoria de Inteligência e Operações (Ciop) da Sejusp, 7° Batalhão da Polícia Militar (PM) e Delegacia de Polícia Civil (PC) daquela cidade.
Segundo o delegado Leonardo Alves, que preside as investigações, os atiradores foram identificados como Kauan Oliveira da Silva e Edson Barbosa Sarmento, o “Foguetinho”. São eles que aparecem nas imagens das câmeras de segurança adquiridas pela PC, disparando contra Luiz Carlos Silva dos Santos.
Um terceiro elemento, Lucas dos Santos Ramos, conhecido como “Lukinha” ou “Buxo”, estava em uma bicicleta e acompanhou de perto a execução, dando apoio aos comparsas. Em seguida, foge com os dois.
Éder Lima e Souza é o motorista do carro, modelo Siena, que levou os bandidos para Pedra Branca.
Para a polícia, os criminosos confessaram a autoria do fato e revelaram que a vítima morreu por retaliação.
O delegado contou que a ordem para matar Luiz Carlos partiu de dentro do Iapen. O mandante seria um detento que responde por tráfico de drogas. Ainda conforme os levantamentos, a vítima era tida como X-9.
“Com as imagens do momento do crime e as características do veículo no qual eles estavam, as equipes da PM conseguiram interceptar os suspeitos. Quando perguntados sobre suas participações na ação, eles confessaram e revelaram que o motivo foram questões pessoais. Alegaram que a vítima estava ameaçando os mesmos. Um deles contou que deu dezenove tiros”, disse Alves.
Foi constatado que contra Kauan Oliveira existia um mandado de prisão em aberto pelo crime de roubo.
Os presos foram autuados em flagrante e estão à disposição da Justiça.
A execução
Luiz Carlos tinha 36 anos. Ele estava no pátio de sua residência, localizada no fim da avenida Luis Alves Cunha, conhecida como 21°, quando os atiradores saíram de uma das pontes e, sem falar nada, passaram a disparar contra a vítima que estava consertando o eletrodomésticos. Depois de atingir o alvo, o trio empreendeu fuga correndo pelo mesmo lugar.
A vítima respondia pelos crimes de tráfico de drogas e roubo, cujos fatos se deram em 2017 e 2022, respectivamente.
Há dois anos ele havia se mudado da cidade de Santana. Atualmente Luiz Carlos estava trabalhando com a esposa vendendo comidas e bebidas.
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