Durica conta sobre a origem da Festa de São Sebastião de Carmo do Macacoari
Livro, lançado sexta-feira, no Sesc-Centro, enriquece a Amazônia e empodera a mulher da região
Douglas Lima
Editor
Depois de uma noite de autógrafos, no Sesc-Centro, a professora Maria das Dores do Rosário Almeida, a ‘Durica’, transitou pela Rádio Diário FM – 90,9, na manhã deste sábado, 3, participando dos programas ‘Conexão’ e ‘Togas e Becas’, para falar do livro que leva o seu jamegão: “A promessa que virou a festa de São Sebastião de Carmo do Macacoari”.
Durica é licenciada em economia doméstica pela Universidade de Brasília (UnB) e mestra em desenvolvimento sustentável pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). A obra ontem lançada é parte da dissertação de mestrado da autora na UFRRJ na disciplina desenvolvimento sustentável.
Maria das Dores, uma mulher negra, além de escritora é educadora, pesquisadora e ambientalista. À reportagem, já na Redação do Sistema Diário de Comunicação, declarou-se contrária a estudos e exploração de petróleo na costa amapaense. “Não sou a favor, porque só vai dar pra quem tem. E tudo lá vai ficar contaminado”, disse.
Durica gosta de dizer que luta pelas relações étnico-raciais, pelas comunidades tradicionais e pela preservação ambiental, e ainda que ela é especialista em história e cultura africana e afro brasileira, além de professora do ensino fundamental, atividade que executou durante 14 anos.
A autora apresenta o livro como uma proposta de resgate das tradições, costumes e integrações, mostrando o quanto a preservação é fundamental para as gerações terem referências. Também é um veículo na demonstração de que a Amazônia é internacionalmente conhecida pela sua floresta.
Professora Maria das Dores do Rosário Almeida, a Durica, descreve que os rios e igarapés amazônicos são vias abertas para o transporte de pessoas e mercadoria, mas que também é importante dizer que escondem, em suas margens, histórias características de um território e seus múltiplos tempos.
Ao abordar a origem da Festa de São Sebastião de Carmo do Macacoari, Durica percorreu por caminhos estreitos, cujas memórias vividas de seus habitantes, em especial suas mulheres, tornaram-se numa via para uma viagem ao passado. “O livro foi feito com muito amor, como o colhepé, aquela mãozinha que molda a louça”, revela a autora.
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