Política

Audiência Pública debate construção de usina termelétrica em Santana

Audiência pública proporciona que os moradores sejam ouvidos e apresentem sugestões sobre a iniciativa.


 

O Governo do Amapá realizou uma audiência pública na quarta-feira, 21, para compartilhar com a população as informações sobre a licença prévia necessária para atestar a viabilidade ambiental do projeto de construção da Usina Termelétrica Rio Matapi II, no Distrito Industrial de Santana. A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) avalia o projeto, que prevê uma estrutura abastecida com gás natural, um combustível menos poluente, e capacidade para gerar 600 Megawatts (MW).

 

Na audiência, foram apresentadas as etapas do licenciamento ambiental, as características do empreendimento e o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) produzido pela empresa CLRJ, responsável pelo projeto. O documento reúne informações técnicas, científicas e administrativas para dar suporte à avaliação dos impactos ambientais resultantes de atividades poluidoras ou que podem causar degradação ao meio ambiente.

 

Para conduzir esse processo, a Sema formou um Grupo de Trabalho (GT) composto por técnicos da pasta. A equipe será responsável por uma avaliação criteriosa sobre o pedido de licenciamento feito pela CLRJ. A gestora da pasta, Taisa Mendonça, destacou que a audiência pública possibilita esclarecimentos à comunidade.

 

“Também é o momento em que a Sema vai analisar o que a empresa está propondo para instalação do empreendimento no nosso estado”, complementou Taisa.

 

A ação proporcionou aos santanenses uma oportunidade para conhecer o projeto, fazer sugestões e encaminhar propostas que serão avaliadas pela equipe técnica da Sema. A moradora Sidiane Ribeiro acredita que a construção vai gerar empregos na cidade, que é a segunda mais populosa do estado, por outro lado, ela entende a necessidade dos cuidados com meio ambiente.

 

“É importante que o santanense possa ser beneficiado, mas me preocupa a poluição que possa ser gerada e os cuidados que a empresa adota para minimizar este prejuízo”, concluiu.

 

As contribuições da população serão devidamente analisadas, levando em conta os aspectos ambientais e sociais envolvidos no empreendimento.

 

O projeto

A construção da usina requer um investimento estimado em R$ 2 bilhões, com uma estrutura que seria abastecida por gás natural, uma opção de combustível com menor impacto ambiental em comparação a outras alternativas. A proposta busca fornecer energia por meio da utilização de uma tecnologia moderna conhecida como Ciclo Combinado, combinando turbinas a gás e a vapor.

 

“A geração de energia se dará por meio de gás líquido que será transformado em gasoso, sendo queimado na turbina a gás para acionar o gerador”, explicou o gerente de negócios da empresa, Christian Celeste.

 

Dentre os benefícios destacados para o Amapá, a empresa enfatizou a garantia da segurança energética, com capacidade de suprir grande parte da demanda do estado, além de proporcionar a criação de 100 empregos diretos e 600 indiretos. O diretor da CLRJ, Marco Antônio Marcial, explicou que a empresa tem atuação no Amazonas, Maranhão, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Bahia e que busca novas possibilidades de participar e expandir a capacidade de geração de energia.

 

“Constatamos a necessidade de se fazer um leilão para promover mais energia com gás natural, com quantidade significativa para a região Norte, assim a empresa identificou a necessidade e desenvolveu o projeto, com capacidade técnica e financeira para a execução”, concluiu Marcial.

 

A realização da audiência pública representa uma etapa do processo de licenciamento, ao qual a empresa interessada se submete. Para o prefeito de Santana, Sebastião Bala, o projeto traz melhorias em diversos aspectos para a sociedade santanense.

 

“Isso é muito importante para o Amapá, gera emprego e renda, melhora a arrecadação do município, então por isso nós estamos apoiando”, falou Bala.

 

A audiência aconteceu na Câmara Municipal de Santana.

 

 


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