Policial do Bope fica ferido em incêndio que destruiu viatura
Boatos de que as equipes teriam sofrido um atentado foram desmentidos pelo comando da PM/AP
Elen Costa
Da Redação
Um incêndio destruiu totalmente uma viatura da Companhia de Operações Especiais (Coe), do Batalhão de Operações Especiais (Bope), e deixou um soldado da Polícia Militar (PM) gravemente ferido na perna.
O sinistro ocorreu no fim da noite desta segunda-feira, 7, ao término de uma operação na Avenida Rio Jari, na Baixada do Ambrósio, Área Portuária da cidade de Santana – a 21 quilômetros de Macapá.
Vários vídeos passaram a circular nas redes sociais, mostrando o exato momento em que o veículo era consumido pelas chamas.
A princípio, a notícia era de que as equipes haviam sofrido um atentado e o policial tinha sido alvejado por um disparo de arma de fogo. No entanto, o boato foi desmentido pelo comandante geral da PM, coronel Adilton Corrêa.
“Não temos como precisar se esse incidente foi ocasionado por uma pane mecânica, elétrica ou se está relacionada a qualquer agente químico dentro da viatura, mas já descartamos a possibilidade de um atentado. As equipes tinham finalizado as diligências da Operação Hórus em Santana, onde não foi encontrado nada em desacordo com a Lei, e quando se preparavam para deixar o local, iniciou o fogo. Quatro agentes estavam dentro do veículo, três conseguiram sair ilesos e um acabou tendo esse ferimento na perna, mas está fora de perigo, não corre risco, graças a Deus”, enfatizou o coronel.
Adilton afirmou que os tiros captados durante as gravações dos vídeos, foram da arma longa – uma espingarda calibre 12 -, e de um carregador contendo munições calibre 556, que estavam dentro da viatura. Com a quentura, elas acabaram percutindo.
O comandante da Coe, capitão Henrique, que estava na ação, disse que ouviu um barulho vindo de dentro da viatura destruída, possivelmente de uma explosão, mas não soube precisar o que de fato aconteceu.
“Nós estávamos na outra viatura, mais à frente, quando ouvimos os gritos e logo o fogo. Inicialmente, sem saber o que estava ocorrendo, pensamos em um ataque. De imediato, os policiais começaram a desembarcar e se abrigaram, inclusive o policial ferido, que mesmo com o membro lesionado, conseguiu se arrastar e pedir ajuda aos demais companheiros. Estes agiram rápido em retirá-lo das proximidades do veículo em chamas, utilizaram um torniquete e providenciaram a sua extração através de um veículo de um morador às proximidades. O socorro prestado por seus companheiros de equipe foi rápido e de suma importância, assim como o atendimento no hospital de emergência de Santana. Logo em seguida, equipes do Corpo de Bombeiros chegaram ao local para controlar o incêndio. Após isso, a perícia compareceu lá e o veículo foi removido, levado para o batalhão”, explicou o capitão.
O policial militar ferido, soldado Fabrício Barbosa, passou por um procedimento cirúrgico e ainda hoje será transferido para o Hospital De Clínicas Alberto Lima (HCAL), na capital.
As causas do sinistro serão apontadas pela perícia feita pela Politec e pelo Corpo de Bombeiros. O laudo com as causas do incêndio deve ser emitido em até trinta dias.
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