Nota 10

Sesc Amazônia das Artes traz para Macapá circuito com espetáculos gratuitos de artistas da região

Entre os dias 3 e 14 de agosto, acontecem apresentações de artes visuais, cinema, circo, dança, música e teatro


 

Durante agosto, o Amapá vai receber 15 espetáculos em diversas linguagens artísticas por meio do Sesc Amazônia das Artes. São 3 apresentações de artes visuais, uma mostra de cinema, 3 atrações de circo, 2 de dança, 3 música e 3 de teatro. Os artistas participantes vêm dos estados da região amazônica, pelos quais circulam seus trabalhos com o Sesc em maio e agosto deste ano.

 

O projeto Sesc Amazônia das Artes está em sua 14ª edição contribuindo na circulação e intercâmbio da produção cultural da Amazônia. Fazem parte desta edição os Departamentos Regionais do Sesc do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia, Roraima e Tocantins – Estados que compõem a área que corresponde a Amazônia Legal – tendo ainda o Departamento Regional do Piauí como convidado, em virtude da identificação com o cenário social e cultural da região, e também sua proximidade geográfica.

 

Em 2023, o Sesc Amapá é o coordenador do projeto e sediou a reunião de curadoria da edição, que aconteceu no ano passado junto aos regionais componentes. Participaram diretores regionais, diretores de programas sociais, coordenadores e técnicos de cultura do Sesc, que discutiram estratégias e conceitos, realizaram o processo de curadoria e seleção dos trabalhos artísticos, e, por fim, a operacionalização logística de circulação da programação ali formatada. O Amapá também criou a identidade visual da edição.

 

Esta edição teve o primeiro “corredor” em maio, quando os artistas se apresentaram nos estados Acre, Maranhão, Rondônia e Tocantins. Já no mês de agosto, os espetáculos acontecem no Amazonas, Mato Grosso, Roraima, Amapá e Piauí. Em Macapá, apresentações com entrada gratuita acontecem na Galeria de Artes e no Salão de Eventos do Sesc Araxá e no auditório de Artes Visuais na Universidade Federal do Amapá (Unifap).

 

CIRCO

“Augusto e o sorriso da lua”, Associação Cultural Artística Locômbia Teatro de Andanças (RR)

Data: 14/08 Hora: 16h

Local: Salão de Eventos Sesc Amapá

Sobre: Augusto é uma montagem de teatro gestual onde conta-se a história de um palhaço que, logo depois de ser despedido do circo, resolve acabar com a tristeza no mundo, colocando um sorriso na Lua Minguante. O sorriso é levado pego pelo Vento e logo roubado pela Morte, personagens a quem Augusto enfrenta para resgatar a alegria perdida. Desmistificando os valores tradicionais dos contos de fadas, o palhaço Augusto encontra como aliado uma Bruxa que será a chave para ajudá-lo a recuperar o Sorriso perdido; aparecem personificados a Água e a Noite como duendes mágicos que lhe ajudarão na sua caminhada. Com técnicas de mímica, malabares, máscaras, acrobacia, mágica, manipulação de objetos e música ao vivo, construímos um universo poético de uma forma realista maravilhosa, dando continuidade à pesquisa do Grupo Locômbia de trabalhar a personagem do Palhaço como um ser que pode transmitir poesia e esperança.

 

DANÇA

“A dança no sol”, Balé Folclórico do Amazonas (AM)

Data: 12/08 Hora: 19h

Local: Salão de Eventos Sesc Amapá

Sobre: Manter vivo o folclore amazônico é manter acessa a cultura do nosso povo e essa é a proposta do Balé Folclórico do Amazonas através da arte da dança. O espetáculo “Dança do Sol” é inspirado no trabalho do advogado, escritor e professor amazonense, conhecido por sua contribuição maciça para o estudo da história do Amazonas, Mário Ipiranga Monteiro. Esta pesquisa foi realizada in loco em 1934 no rio Mapiá e fala da adoração ao sol pelo olhar dos índios arara. A Dança do Sol é dirigida especialmente ao astro. A dança foi, várias vezes, imitada pelos mestiços, mas nunca foi popularizada. Ela se trata de uma dança sagrada, uma invocação ao sol para realização do ritual da puberdade, onde os jovens são apresentados às quatro malocas, depois do ritual eles eram considerados aptos ao casamento e também já podiam ser entendidos como guerreiros, esse rito de passagem está entrelaçado ao mito arara. A Dança do Sol acontece todos os anos de seis em seis meses. O ritual começa nos meados da tarde e só cessa quando o sol desaparece, porém a festa continua até a formação dos quatro raios que simbolizam o sol.

 

MÚSICA

Show musical banda Os últimos (RO)

Data: 13/08 Hora: 20h

Local: Salão de Eventos Sesc Amapá

Sobre: Vindos do norte do Brasil, há 12 anos defendendo as cores do rock rondoniense, Os Últimos apresentam um show composto por músicas que compilam os quatro álbuns lançados até então. O grupo distancia-se do regionalismo rotulado como algo que retrate apenas das características físicas de sua região, indo além para abordar questões sociais que estão na beira do asfalto, assim como na beira do rio. Desde músicas com bastante licks de guitarra clean e um baixo tocado de forma precisa, em precisa sincronia com a bateria. A banda possui letras com mensagens resilientes, otimistas e reflexivas e mantém o alto nível de boas vibrações sonoras. Com projeções em telão, as músicas fazem o ouvinte pensar fora da caixa. No mar de reticências em que se encontra boa parte da cena atual, o trio Os Últimos apresenta o show que representa os doze anos de história. Um show que fala do ribeirinho que chegou na cidade mas que carrega em sua essência a originalidade na forma de falar, agir, trabalhar e se comportar diante das adversidades. Um povo que ama e protesta de diversas formas. Em resumo, o show é sobre um povo que conhece as origens de si e de sua terra e é um convite a celebração da arte rondoniense.

 

TEATRO

“Fiandeiro de tempos”, Coletivo Iluminar (AC)

Data: 13/08 Hora: 19h

Local: Salão de Eventos Sesc Amapá

Sinopse: Monólogo que trata dos modos de vida e causos do homem ribeirinho amazônico/acreano, famílias que encontram na floresta tudo que precisam, do alimento à fé. Fiandeiro de Tempos é um resgate da memória, fruto de histórias da infância do ator Victor Onofre. Esse trabalho foi feito a partir de um processo de pesquisa, onde percorreu seringais e comunidades do Rio Murú no Jordão, Serra do Môa, em Mâncio Lima e comunidade do Crôa, em Cruzeiro do Sul.  Fiandeiro de Tempos traz a expectativa de resgatar e divulgar os saberes que vêm se perdendo ao longo dos tempos. É a magia em forma de poesia, que encanta e conta a história de um povo, de um Acre um tanto desconhecido. E é no palco que o Fiandeiro se metamorfoseia em história e relato.

 


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