Pai e mãe veem filho ser morto sem poderem fazer nada
Gustavo Freitas Barbosa, o ‘KM’, foi eliminado com quatro tiros
Jair Zemberg
Da Redação
O pai, a mãe e uma irmã de Gustavo Freitas Barbosa, de 21 anos, viram-no ser assassinado e não puderam fazer nada, por volta das 19h30m deste sábado, 30. O homicídio teve características plenas de execução.
O episódio ocorreu na área de ponte da avenida Ana Nery, do bairro Perpétuo Socorro, na zona leste de Macapá.
Gustavo, que morava no bairro Araxá, na zona sul de Macapá, por ser ameaçado de morte por integrantes de facções, fugiu para casa de uma tia dele na Ana Nery. O pai, a mãe e uma irmã dele foram até à casa onde ele estava no Perpétuo Socorro, onde encontraram o rapaz e o convidaram para voltar pra casa e abandonar o envolvimento com atos ilícitos.
No momento em que a família conversava entre si, chegaram três indivíduos, com aparências e atitudes suspeitas. Um deles chamou Gustavo pelo nome e o convidou para que ele saísse da casa e fosse até à ponte para conversarem. Os familiares ainda o aconselharam que ele não atendesse ao chamado dos indivíduos.
Gustavo, o KM, já havia informado para o pai dele que não voltaria para o Araxá e que ele iria sim conversar com aqueles indivíduos porque ele não era homem de fugir dos BOs dele.
Ele então saiu a mais ou menos dois ou três metros da porta da casa e em uma conversa que durou menos de dois minutos, um dos indivíduos armados com uma arma de fogo efetuou pelo menos cinco tiros em Gustavo, que tombou ferido.
Depois os três indivíduos fugiram correndo até à saída da ponte, onde eram aguardados por mais dois indivíduos, provavelmente em um carro. Eles fugiram tomando como rota de fuga rumo desconhecido da polícia.
Uma equipe do 6° Batalhão da Polícia Militar atendeu a ocorrência e constatou que o indivíduo estava gravemente ferido. Chamou o Samu, que atendeu o chamado, mas a vítima já estava sem vida.
Uma equipe da Polícia Civil da Delegacia de Homicídios e peritos da Polícia Científica também atenderam a ocorrência e foram realizadas as providências de praxe, quando foi constatada a identificação do rapaz como Gustavo Freitas Pedrosa, de 21 anos, e que ele havia sido alvejado por quatro tiros, dois em um dos braços, e dois na cabeça.
Após realizados os procedimentos policiais e periciais, o corpo de Gustavo foi removido para o Departamento de Medicina Legal (DML).
“O homicídio tem características plenas de execução; aconteceu na área de ponte praticada por três ou cinco indivíduos que possivelmente fugiram em um carro. A motivação e quem são os assassinos são a primeira linha de investigação, mas dá pra adiantar que esse é mais uma vítima da guerra entre as facções criminosas”, relatou Leonardo Leite, Delegado da Homicídios.
A nossa reportagem apurou com exclusividade, que Gustavo vulgo KM era integrante de uma facção criminosa e que os indivíduos pareciam ser do mesmo grupo criminoso do qual ele pertencia, justamente pela intimidade da conversa entre ele e os três indivíduos, a princípio um dos homens falou para KM: mano, é sua vez, estamos com um ferro pra você ir lá pro Araxá e matar o cara, dar pelo menos uns dois ou três tiros nele. Nesse momento os assassinos ordenaram que as pessoas que estavam próximas se afastassem pra não ouvir a conversa porque eles estavam resolvendo um B.O, foi tudo muito rápido, menos de dois minutos e já atiraram no rapaz, praticamente na frente do pai e da mãe dele, foi o que relatou um dos muitos curiosos que presenciou o crime e que preferiu não gravar entrevista.
Todas essas informações foram repassadas para a equipe da Polícia Civil da Delegacia Homicídios.
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