Clécio defende protagonismo da Amazônia Legal na COP 28, em Dubai
No evento da ONU, acerca de clima, governador atua para dar voz à região, junto com outros gestores estaduais da região
Wallace Fonseca
Estagiário
O governador do Amapá, Clécio Luís, que cumpre agenda em Dubai, nos Emirados Árabes, na COP 28 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023), falou pelo telefone em entrevista exclusiva ao programa ‘LuizMeloEntrevista’ (Diário FM 90,9), na manhã desta segunda-feira, 4, quando destacou, entre outras coisas, a presença dos governadores da região da Amazônia Legal e a possibilidade do estado amapaense ter cidade dormitórios para a COP 30, a acontecer em Belém do Pará, em 2025.
Sobre sua participação no evento da ONU, Clécio, em tom celebrativo, falou da presença dos representantes dos estados da Amazônia Legal. E lamentou que em algumas edições anteriores do evento anual não tenha havido esta representação.
“Nada sobre nós, sem nós”, disse o gestor amapaense, referindo-se às discussões acerca da floresta brasileira, sem ouvir quem mora lá. “Não aceitamos mais que se fale da Amazônia, sem nós”, provocou Clécio.
O governador também falou em apresentar ao mundo uma visão mais realista da floresta amazônica que, conforme lembrou, já foi chamada, entre outras coisas, de santuário. “Queremos toda a atenção; a Amazônia não é só floresta, fauna e flora. Defendemos a preservação da nossa floresta, mas que seja gerando dignidade para quem mora nela e nas cidades ao redor”, disse.
Durante sua fala no programa de rádio, Clécio falou do projeto ‘Amaparque’, que combina proteção ambiental, atividade econômica e turismo. Para ele, a COP 28 é uma oportunidade de mostrar os projetos de manejo florestal que ocorrem de forma racional e que visam manter a floresta com muita vitalidade.
Sobre a COP 30, em Belém, Clécio celebrou a escolha da sede pela ONU, pois para ele os governos amazônicos podem participar mais ativamente do evento. “Queremos que a COP 30 deixe legados”, disse. A respeito da proximidade com a capital paraense, Clécio falou sobre a possibilidade de Macapá e Santana se tornarem cidades dormitórios.
Acerca dos legados, Clécio espera que a COP 30 deixe um legado físico com as estruturas que serão montadas para o evento; e o legado do ponto de vista de geração de atividades econômicas sustentáveis, que se dão protegendo a floresta amazônica. Por fim, ele lamentou que apesar dos altos índices de preservação do Amapá haja o contraste dos piores indicadores sociais.
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