Amapá inicia 2ª fase da operação Mute e apreende dezenas de celulares, drogas e armas de fogo no Iapen
Trabalhos visam combater comunicação ilícita dentro da penitenciária do estado
Elen Costa
Da Redação
Ao longo do ano, várias ações de combate ao crime organizado foram deflagradas no estado, inclusive dentro do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), onde, segundo a polícia, nascem todos os delitos.
Abrangendo três pilares: integração entre as forças de segurança pública, inteligência e revitalização do sistema prisional, a segunda fase da Operação Mute, que acontece em âmbito nacional e visa combater a comunicação ilícita dentro das penitenciárias de todo o Brasil, iniciou nessa segunda-feira, 11, no Amapá.
Durante as buscas, dezenas de telefones celulares, garrafas de biricutico (bebida artesanal confeccionada pelos internos), drogas e duas armas de fogo foram apreendidas.
O diretor-presidente do Iapen, delegado Luiz Carlos Gomes Júnior, destacou que os trabalhos foram e têm sido de fundamental importância na diminuição de mortes violentas no estado.
“Tivemos uma redução no mês de outubro e agora no mês de novembro. Pretendemos manter esse padrão e controle da violência”.
Luiz Carlos também declarou que o sistema penal vive um momento histórico, dando ênfase aos mais de quatrocentos reeducandos que estão participando no dia de hoje e amanhã, do Enem.
“Este ano nós estamos apresentando dados históricos do número de presos inseridos em atividades educacionais. Nós estamos, atualmente, com 1.605 internos envolvidos nesse tipo de atividade, isso representa quase que 60% da população carcerária do nosso estado”, disse.
Sobre os aparelhos apreendidos no interior da cadeia, Luiz Carlos explicou que eles são analisados e deles extraídas informações de relevância para a segurança pública. Posteriormente, os objetos são devolvidos aos devidos proprietários.
“A Polícia Civil identifica as vítimas, pois a grande maioria desses celulares é oriunda de furtos e roubos, e acabam caindo dentro do sistema penitenciário, e faz a entrega aos donos. Inclusive, nesta quarta-feira, dia 13, estaremos fazendo um ato de devolução de 200 telefones que foram apreendidos no Iapen, em operações anteriores. Este ano, atingimos a marca de mil telefones recuperados”, finalizou o diretor.
As ações seguem até o dia 15 deste mês e envolvem a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp/AP), a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen/MJ) e Instituto de Administração Penitenciária do Amapá.
A operação consiste em incursões táticas e operacionais de agentes nas penitenciárias, com o objetivo de identificar e retirar celulares das unidades prisionais para barrar a comunicação de grupos criminosos e reduzir os índices de violência nas cidades.
“Tivemos a primeira fase e agora estamos na segunda da Operação Mute. Com isso, tivemos uma grande apreensão de celulares e também armas de fogo dentro da cadeia, o que gera uma segurança direta na vida de todas as pessoas que vivem dentro do sistema penitenciário, quer sejam pessoas internadas, servidores, prestadores de serviços e todos aqueles que compõem o sistema de Justiça”, ponderou César Delmondes, policial penal federal e coordenador de projetos, inovação e integração de inteligência penitenciária, que representa a Senappen.
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