Governo federal investe R$ 350 mi para resolver questão energética no Amapá
Informação foi dada pelo ministro das minas e energia, Alexandre Silveira, nessa última segunda-feira, 18.
Douglas Lima
Editor
O ministro das minas e energia, Alexandre Silveira, esteve em Macapá, nessa segunda-feira, 18, na cerimônia de entrega do Conjunto Habitacional Miracema.
Durante seu discurso, o presidente Lula concedeu a palavra ao titular do MME para esclarecer a questão energética no estado.
Mas ainda antes de passar a palavra ao ministro, Lula destacou visita que o governador Clécio Luís fez a ele, em Brasília, quando lamentou: “O povo do Amapá tá lascado, a energia vai aumentar 44,41%”. “Pensei, como pagar tudo isso, se não aumentar o salário?”, lembrou o presidente.
Ao assumir seu momento de fala, Alexandre Silveira primeiro saudou o presidente e celebrou a volta dos programas ‘Minha Casa, Minha Vida’, do ‘Farmácia Popular’, e do ‘Luz Para Todos’. “O Brasil voltou!”, clamou o ministro.
“Estamos aqui para resolver um problema muito sério”, disse Alexandre, sobre o aumento de 44,41% na tarifa de energia. “Não foi menos de uma dezena de vezes que recebi no meu gabinete, o senador Davi Alcolumbre, o ministro Waldez Góes, o governador Clécio Luís e os telefonemas do Randolfe, dizendo que o povo do Amapá não pode pagar esse aumento”, destacou o ministro.
Sobre a alta de 44,41%, Alexandre explicou: “É importante que as pessoas entendam isso; fizeram uma injustiça social com o povo brasileiro, com o povo do Nordeste e o povo do Norte”.
“Construíram nos últimos anos uma grande injustiça social. Os estados que mais geram energia no Brasil, infelizmente, graças à irresponsabilidade do governo anterior, tem as tarifas mais caras do país, pois abriram o mercado de forma injusta”, denunciou Alexandre.
“Temos em torno de 90 milhões de unidades consumidoras no Brasil, três milhões de unidades estão no mercado livre, o que significa que elas compram energia fora do mercado regular. Oitenta e sete milhões recebem a conta de energia e pagam usando as distribuidoras, esses três milhões que consomem 45% da energia do Brasil pagam em torno de R$ 250 o megawatts, o resto do povo paga R$ 650 por megawatts, é uma decisão covarde contra o povo brasileiro”, disse o titular do Ministério das Minas e Energia.
No Norte, temos as hidrelétricas, eólicas e solares; do Nordestes, região que mais produz energia é a que mais paga.
Alexandre também explicou que durante a gestão federal anterior, na pandemia da covid-19, foram feitos empréstimos de 15% ao ano para beneficiar banqueiros, e as contas serem pagas pelos consumidores de energia regular.
“Quando faltou energia dois anos atrás, e nós estivemos perto do colapso energético, risco do Brasil parar por falta de planejamento, os gestores passados foram de novo no mercado financeiro e pegaram mais cinco bilhões em nome dos consumidores de energia regular”, informou o ministro.
“Fui chamado para resolver o problema do povo do Amapá, é inadmissível o aumento da Aneel. O povo só irá pagar a média nacional. Para isso acontecer, de forma excepcional, o governo está investindo 350 milhões de reais para resolver o problema, Deus abençoe o povo do Amapá!”, concluiu Alexandre.
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