Polícia

Amapá é destaque no combate aos grupos criminosos

A declaração dói do Ministro da Justiça, Ricardo Cappelli, que falou do trabalho integrado que resultou na redução de 50% de mortes violentas no estado


 

O ministro interino de Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, destacou o Amapá como exemplo de gestão eficaz no combate aos grupos criminosos que atuam no estado. A declaração foi feita durante entrevista concedida à imprensa, nesta quarta-feira, 27.

 

 

Capelli destacou a redução de 50% dos crimes violentos em 2023 e o trabalho que o Amapá vem desenvolvendo ao reforçar a integração das forças de segurança e o investimento no aparelhamento das polícias.

 

O ministro frisou a maneira incisiva como o Estado atua no sistema prisional, garantindo operações e mudanças nos protocolos de segurança dentro do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen).

 

“Você não fala sobre segurança pública no Brasil hoje sem tratar da questão das unidades prisionais. Um exemplo é o do Amapá. Reduzimos em mais de 50% as mortes violentas e intencionais numa colaboração da Secretaria Nacional de Políticas Penais com o Governo do Estado, com o governador Clécio Luís atuando na segurança. Na hora que a gente organizou o trabalho na penitenciária, as mortes nas ruas caíram. Então esse é um trabalho conjunto do Susp [Sistema Único de Segurança Pública], de integração de todas as polícias com os governadores”, destacou Capelli.

 

 

Investimentos

Como parte do planejamento para a paz social da população, o Governo do Estado garantiu junto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública mais de R$ 25 milhões em investimentos para o sistema penitenciário.

 

Os recursos fazem parte do montante de R$ 132,5 milhões anunciado em agosto pelo governador e pelo ministro da Justiça para a Segurança Pública estadual.

 

Dentro das tratativas de reestruturação dos órgãos de defesa, R$ 8 milhões já foram revertidos para o Iapen, com a aquisição de vários equipamentos, viaturas e kits para a ressocialização dos apenados.

 

Mais R$ 18 milhões, disponibilizados pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), são para construção de uma nova penitenciária, moderna e com 408 vagas.

 

 

Operações no Iapen

Além das revistas de rotina, este ano duas grandes operações foram destaques no sistema prisional e primordiais na contribuição da redução de homicídios no Amapá. Através da Operação Hégira, que teve duas fases, 32 apenados do regime fechado foram realocados para a nova Unidade Prisional José Éder.

 

O trabalho foi feito sob a coordenação da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), do Iapen e da Senappen, do Ministério da Justiça.

 

A nova unidade prisional funciona com os mesmos protocolos de uma penitenciária federal com fiscalização intensa para a entrada de pessoas e objetos e tem alcançado a meta da Segurança Pública, de impedir o acesso dos apenados aos aparelhos celulares.

 

Outra operação que trouxe resultados significativos foi a Mute. A ação foi uma iniciativa nacional coordenada pela Senappen, em parceria com os estados, e ocorreu em duas etapas: a primeira em outubro e, posteriormente, na segunda quinzena de dezembro.

 

Foram realizadas incursões táticas e operacionais com o objetivo de identificar e retirar celulares das unidades prisionais para barrar a comunicação de grupos criminosos e reduzir os índices de violência nas cidades. Dentro da nova Unidade Prisional José Eder, nenhum material ilícito foi encontrado.

 

Ao final das duas fases foram apreendidos 160 aparelhos celulares, que após periciados e investigados pela Polícia Civil (PC), são feitas outras análises para identificar o verdadeiro dono do objeto, a maioria vítimas de furto e roubos.

 


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