Cidades

Amapá está apto a solicitar recursos para ações de combate e prevenção à malária

Notícia vem após o governo federal reconhecer situação de emergência em sete municípios do estado


Foto: Monica Silva/SVS

 

Após decretar situação de emergência em sete municípios devido ao aumento dos casos de malária, o estado do Amapá tem o reconhecimento do governo federal e está apto a solicitar recursos para ações de combate e prevenção à doença.

 

Agora, o Governo elabora, junto às prefeituras de Macapá, Oiapoque, Porto Grande, Santana, Mazagão, Calçoene e Pedra Branca do Amapari, um plano de trabalho para apresentar à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil.

 

A exposição do projeto é essencial para que estado e prefeituras possam acessar recursos federais, o que permite a intensificação das ações de combate à malária.

 

A equipe técnica da Defesa Civil Nacional, segundo a Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), com base nas informações enviadas nos planos de trabalho, avalia as metas e os recursos solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no Diário Oficial da União, com o valor a ser liberado.

 

Acredita-se que nos próximos dias a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil dê um retorno sobre os valores que serão destinados aos municípios amapaenses. A partir disso, será iniciado o reforço das ações de prevenção e combate nas regiões afetadas.

 

A proposta é intensificar a orientação sobre prevenção e atividades educativas, testagem da população para identificar onde há focos de transmissão e tratamento imediato com medicamentos para os casos positivos.

 

O Amapá já tem um trabalho contínuo de combate e prevenção à malária e com o reconhecimento federal essas ações serão ampliadas.

 

Calçoene e Oiapoque são as cidades onde os registros estão em maior evidência.

 

Registros

Segundo dados da SVS, de 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2022 o Amapá registrou 2.798 casos de malária. Já em 2023, no mesmo período, os números saltaram para 4.726 casos em todo o estado.

 

Os registros são maiores em Calçoene que, no ano passado, contabilizou 2.587 casos confirmados de malária. Em Oiapoque, foram 870; em Pedra Branca, 512; em Macapá, 298; em Santana, 121; e Mazagão 69.

 

O relatório de monitoramento epidemiológico contínuo da SVS aponta, ainda, que as áreas de garimpo são as que mais registram casos da doença e são consideradas propícias para o aumento da transmissão.

 

Malária

A malária é uma doença tropical causada pelo protozoário plasmodium que infecta o mosquito Anopheles. A doença é transmitida ao homem pela picada da fêmea do mosquito. A melhor forma de prevenção é se proteger do inseto, no entardecer e amanhecer, e controlar os vetores de transmissão.

 

Decreto

O governo do Amapá publicou no dia 17 de novembro o decreto que ampliou para sete o número de municípios em situação de emergência, devido ao aumento no número de casos de malária registrados nas últimas semanas.

 

O documento, assinado pelo governador Clécio Luís, incluiu Oiapoque, Macapá, Porto Grande, Santana e Mazagão na lista para ampliar as ações de controle e combate da doença. Calçoene e Pedra Branca, que também apresentam registros elevados, estavam incluídos no decreto de emergência assinado no último dia 13.

 


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