‘Amapá Sem Fome’ visa tirar 107 mil pessoas da insegurança alimentar
Com emenda de Aline Gurgel e Davi Alcolumbre, programa reúne vários entes da sociedade para sanar problema; bairro Congós, em Macapá, e o município de Pracuuba são os mais afetados
Wallace Fonseca
Estagiário
O governador Clécio Luís assinou, na manhã desta quarta-feira, 17, no auditório do Museu Sacaca, o decreto de criação do programa ‘Amapá Sem Fome’, que visa combater a vulnerabilidade alimentar da comunidade amapaense. O programa entra em vigor no presente ano.
O programa já conta com recursos que vieram do senador Davi Alcolumbre e da secretária estadual de assistência social, Aline Gurgel, de quando ela era deputada federal. Em entrevista exclusiva ao programa ‘LuizMeloEntrevista’ (Diário FM 90,9), ela falou, entre outras coisas, acerca de valores, números da fome e pontos de atuação do Amapá Sem Fome.
Celebrando, Aline disse que o programa, coordenado por ela, terá “sete políticas públicas integradas para aplacar a fome” e que o projeto é “o maior do norte do país”, e informou que o objetivo principal da ação é aplacar a fome, tendo isto como “compromisso assertivo”.
“Os dados mostram que 107 mil pessoas sofrem com a fome no Amapá”, lamentou a secretária, e afirmou que “estes índices precisam ser vencidos. Dos lares com crianças de zero a dez anos, seis destes sofrem com a insegurança alimentar grave ou moderada”.
Aline celebrou também que o programa “nasceu com 24 milhões de reais com emenda parlamentar do senador Davi e de minha autoria, quando eu era deputada. Agora a execução se dará por toda a sociedade e entes públicos, uma combinação de todos aqueles que atuam de forma isolada para vender a fome”.
Entre o que o programa proverá, Aline informa que serão entregues kits de alimentos, kit de alimentos nutricionais para crianças de zero a dez anos, que incluem suplementos para o melhor desenvolvimento dos pequenos; um banco de alimentos, que será um dos primeiros do norte do país, e que já possui recursos para sua construção; cartão alimentação; restaurante popular padrão e restaurante popular dentro de comunidades, nos chamados ‘bolsões da fome’.
“Sabemos que a cesta básica nacional só vem com o carboidrato, mas com o cartão alimentação, banco de alimentos, você chega na proteína, peixe, frango, carne. Crianças precisam se alimentar”, salientou Aline. “Não é uma política que só o estado vai realizar, são todos os entes, toda a sociedade”, complementou.
Acerca dos locais mais afetados pela insegurança alimentar, Aline citou dados do IBGE. Segundo o instituto, o bairro do Congós e o município de Pracuuba são os mais afetados. “Vamos unir todas as políticas públicas para tirar o Amapá do mapa da fome”, disse Aline. Sobre os estados que já atuam no combate ao problema, segundo ela, os índices de fome e desigualdade estão reduzindo. “O Amapá precisava, para vencer a fome, não só do kit de alimentos, mas também de um pacote de medidas”, concluiu.
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