Associação de Ostomizados agora também é de utilidade pública
Medida habilitará entidade a receber recursos de emendas parlamentares para compra de equipamentos ainda raros no Amapá
Douglas Lima
Editor
A Associação de Ostomizados do Amapá (Aoap) se tornou de utilidade pública no âmbito do estado, através de lei sancionada pelo governador Clécio Luís, oriunda de projeto do deputado Jesus Pontes, apresentado, discutido, votado e aprovado no plenário da Assembleia Legislativa.
A medida, tomada semana passada, somente na manhã desta segunda-feira, 22, foi divulgada pela presidente da Aoap, Rosilete do Carmo, e pelo próprio deputado Jesus Pontes, no programa ‘LuizMeloEntrevista’ (Diário FM 90,9). Os dois foram ouvidos ao mesmo tempo. Ela abordou o enfrentamento da doença e, ele, a importância de uma entidade ser tornada de utilidade pública.
Rosilete informou que a Associação de Ostomizados do Amapá tem pouco mais de 1.200 associados, mas que os portadores da deficiência são milhares no estado. No Brasil, os ostomizados chegam a 450 mil. Jesus Pontes reconheceu que entrou em defesa da causa ao tomar conhecimento, através de Rosilete, dos transtornos invisíveis com que eles convivem diariamente.
O ostomizado é a pessoa submetida à intervenção cirúrgica para fazer no corpo uma abertura de conexão com o exterior para saída de fezes ou urinas, e também para auxiliar na respiração e na alimentação. A abertura chama-se estoma.
Na entrevista, o deputado estadual Jesus Pontes explicou que a entidade de utilidade pública, entre outras vantagens, habilita-se a receber recursos de emendas parlamentares para compra de material e bens relacionados às atividades da organização.
A presidente Rosilete do Carmo revelou que os ostomizados do Amapá sofrem com dificuldade de aquisição de material, e que na falta muitos acabam usando sacos plásticos para o agasalho das fezes e urinas, o que sobremaneira é prejudicial, pois chega a causar dermatite no paciente.
A associação, informou Rosilete, também luta para conseguir uma casa de acolhimento de pacientes oriundos do interior do estado e até de outras partes do país e da capital mesmo. No âmbito municipal de Macapá eles já têm acesso a banheiro próprio, ao contrário do governo do estado que até agora ainda não providenciou os banheiros, apesar da lei existente, exigindo-os.
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