Após derrota na Câmara, Rogério Rosso defende união da base de Temer
Bloco do ‘Centrão’ corre risco de racha após pulverização de candidaturas.
Após ter sido derrotado por Rodrigo Maia (DEM-RJ) na disputa pela presidência da Câmara, o líder do PSD, Rogério Rosso (DF), defendeu nesta sexta-feira (15) a união dos governistas e minimizou atritos na base aliada do governo Michel Temer diante da possibilidade de um racha do chamado “Centrão”, bloco informal que ele integra e reúne deputados de pequenos e médios partidos.
Formado com o apoio do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que à época presidia a Câmara, o grupo ganhou força e passou a ter um peso decisivo nas votações. Para prestigiar o bloco, Temer acabou escolhendo André Moura (PSC-SE), aliado de Cunha, para a liderança do governo.
No entanto, na eleição para a presidência da Casa, realizada na última quarta-feira (13), houve uma pulverização de candidaturas dentro do grupo. Dos 13 candidatos à presidência da Câmara, dez eram de partidos ligados à base governista, dos quais sete do “Centrão”.
Apontado como o favorito do Palácio do Planalto, Rosso passou para o segundo turno do pleito, mas a vitória acabou com o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que também é de um partido da base, mas fora do bloco. “A base não pode pensar em se dividir”, afirmou Rosso. Ele afirmou que há matérias de interesse do governo que em breve serão analisadas pelo Congresso e que, para serem aprovadas, precisarão de uma base unida. “Eu não vejo como o fim do Centrão, mas o início de uma base mais unificada”, afirmou o líder do PSD.
Em entrevista à Globonews nesta sexta-feira, ele pregou a união geral dos partidos da base, tanto do “Centrão” quanto da antiga oposição, formada por DEM, PSDB e PPS, sem fazer distinção entre eles. “Nem Centrão nem antiga oposição, o que eu quero é unir a base de apoio e vou trabalhar por isso”, afirmou Temer.
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