“Valor da cesta básica compromete 45% do salário mínimo”, avalia Seplan
Macapá ocupa sétimo lugar no ranking do quesito; entre as 18 capitais onde é feito levantamento, a amapaense apresenta uma das mais baratas, custando R$ 647,30; mais cara é a de Florianópolis; a mais barata, de Aracaju
Wallace Fonseca
Estagiário
A cesta básica é um conjunto formado por produtos utilizados por um indivíduo durante um mês. Os produtos, são fontes de todos os gêneros alimentícios componentes da necessidade nutricional do ser humano. Há 39 anos a Secretaria de Planejamento, Seplan, faz levantamento acerca da cesta básica de Macapá, utilizando a metodologia do Dieese, que dá a oportunidade de fazer comparação com outras 17 capitais.
“A cesta básica é composta por 12 produtos na quantidade mínima e necessária para um indivíduo se manter durante 30 dias; o Amapá tem a política de desoneração em vigor desde o governo Waldez, que Clécio manteve. Isso faz com que a nossa cesta básica seja a sétima no ranking nacional”, informou Francisco de Assis, da Seplan, em entrevista ao programa ‘LuizMeloEntrevista’ (Diário FM 90,9), nesta terça-feira, dia 20.
Francisco apresentou dados de janeiro que mostram o valor da cesta básica em Macapá – R$ 647,30; em dezembro do ano passado o preço foi R$ 634,56. “A cesta básica de maior preço é em Florianópolis, R$ 800,31; a mais barata é R$ 528,48, em Aracaju”, informou o estatístico, completando: “A diferença entre o maior e o menor preço é de quase trezentos reais”.
Sobre valores em alta, Francisco destacou o arroz, devido à safra; o tomate em alta constante e o pão, por causa da questão do trigo.
“Fazemos esse levantamento em no mínimo 30 estabelecimentos que vendem cereais e carne; nossa cesta é composta de arroz, feijão, farinha, tomate, banana, alcatra, leite, manteiga, pão, óleo de cozinha, café moído e açúcar. Fazemos o levantamento em mercados de Macapá”, explicou.
A capital foi dividida em zonas, para efeito do levantamento. “Existem variações significativas de preços. Isso faz com que a gente volte a falar: não realizem suas compras no primeiro supermercado; façam uma pesquisa para saber onde está mais barato. Esse valor de 647,30 não dá para uma família, é para uma pessoa. Esse valor compromete 45% do valor do salário mínimo”, concluiu Francisco.
Deixe seu comentário
Publicidade