Polícia identifica e tenta prender envolvidos em homicídios em guerra de facções
Levantamentos apontaram que ordens para matança em Macapá e demais municípios partiu de ‘Imperador’, líder de uma das mais violentas organizações criminosas que atuam no estado
Elen Costa
Da Redação
A Delegacia Especializada em Crimes Contra a Pessoa (Decipe) está na caça de criminosos, integrantes de facções, envolvidos em execuções no estado do Amapá.
Os indivíduos são alvos de investigação em dois inquéritos que foram concluídos esta semana e que apuram uma série de mortes ocorrida no ano passado.
Luíz Otávio Ataíde Vales, de 32 anos, conhecido como ‘Tavinho’ ou ‘Fantasma’; Alessandro Gomes de Lima, de 22, o ‘Gordinho’; e Neuvan Trindade Lobato, de 23 anos, o ‘Xexênia”, estão com mandados de prisão preventiva em seu desfavor e sendo considerados foragidos de justiça.
O delegado Mauro Ramos, que coordena as investigações, explicou que o trio é envolvido em execuções que ocorreram durante conflitos entre grupos criminosos.
“Inclusive, essa situação acabou por elevar o índice de violência no estado e se deu através de uma cisão de um grupo. Isso gerou essa guerra, principalmente na região metropolitana”, esclareceu Ramos.
Para ajudar a polícia na localização dos foragidos, a população pode passar informações por meio de mensagens via whatsapp para o disque-denúncia da Decipe: (96) 99170-4302.
“Verificamos quem poderia ter orquestrado, ter ordenado todos esses mandos que eles chamam de ‘dar cabo’ na vida dos rivais e pedimos as prisões dos membros dos dois grupos. Contamos mais uma vez com a sociedade para encontrar e capturar esses indivíduos. Lembrando que a identidade do denunciante é mantida no absoluto sigilo”, assegurou a autoridade policial.
A ordem
Os levantamentos policiais identificaram que as ordens para matança em Macapá e demais municípios partiu de Alberto Magno da Silva Lobato, o ‘Imperador’, líder de uma das mais violentas organizações criminosas que atuam no Amapá.
“Nós tratamos esse sujeito como fundador dessa facção. Na época houve uma rixa interna entre os faccionados. Eram pessoas que trabalhavam em conjunto para o crime e depois entram em conflito entre eles mesmos. Daí, esse elemento resolveu criar o seu grupo próprio”, detalhou o delegado Mauro Ramos.
Em ação conjunta, os delegados gerais do Amapá e do Rio de Janeiro deram cumprimento a uma ordem judicial contra Imperador, que está preso na penitenciária daquele estado.
“Ficou evidenciado que de lá ele dava o comando para os assassinatos aqui”, destacou o delegado.
Imperador é considerado o maior criminoso da atualidade do Amapá. Ele foi preso em 2021, na comunidade da Vila do João, no Complexo da Maré, na cidade do Rio de Janeiro. À época, a polícia descobriu que o bandido tinha o domínio de pelo menos seis mil ‘soldados’ do crime.
Estima-se que naquele ano houve mais de cem mortes, em decorrência da guerra entre os grupos criminosos, determinadas por Imperador, o que significa 80% dos casos.
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