Acusado de mandar matar agente penitenciário em Macapá é capturado em Santarém, no Pará
Wagner Melônio teria ordenado morte de Clodoaldo Pantoja pelo fato deste ser funcionário exemplar e atrapalhar seus negócios ilícitos
Elen Costa
Da Redação
Um dos principais acusados de envolvimento na execução do agente penitenciário Clodoaldo Brito Pantoja foi capturado nesta quarta-feira, 27, na cidade de Santarém, no estado do Pará.
A prisão de Wagner João Oliveira Melônio foi realizada através de ação conjunta da Superintendência Regional do Médio e Baixo Amazonas, 16ª Seccional Urbana de Santarém, e Delegacia Especializada de Conflitos Agrários (Deca).
De acordo com informações, Melônio estava atuando como líder de uma facção que tem suas atividades criminosas nas regiões de Altamira e Santarém. Ele foi encaminhado às autoridades competentes e permanecerá custodiado à disposição da Justiça.
Wagner Melônio foi apontado como o mandante do homicídio que vitimou o agente penitenciário Clodoaldo Pantoja. O crime aconteceu no dia 11 de junho de 2012, em um atalho da atual Rodovia do Centenário, que dava acesso ao bairro Ilha Mirim.
Clodoaldo, que tinha 40 anos de idade e era chefe de plantão da penitenciária, tinha largado o serviço. Ele foi emboscado por três homens em duas motos e morto com 20 tiros de pistola. Luiz Carlos Silva Teixeira, Wesley Alves da Silva e Ismael Carlos Landes Nicolau também foram indiciados como autores da execução. A sessão que julgaria o crime foi adiada pela segunda vez, em outubro do ano passado.
Na época, as investigações apontaram que a vítima fora executada por ser um funcionário exemplar e cumprir com rigor as revistas no interior do sistema prisional, o que atrapalhava as ações do crime organizado.
Melônio foi condenado a 26 anos de reclusão por ter sido o mandante do crime, mas a sessão de julgamento foi anulada. Ele chegou a ser transferido para a Penitenciária Federal de Campo Grande, por causa do comportamento indisciplinado dentro do Instituto de Administração Penitenciaria do Amapá (Iapen), onde liderava um grupo criminoso.
O bandido responde, ainda, por outras acusações, como tráfico de drogas, associação para o tráfico e tentativa de homicídio. Wagner Melônio teve o mandado de prisão expedido pela Vara de Execução Penal de Santarém em decorrência de ter tentado contra a vida de um desafeto da organização criminosa que havia se deslocado até o Amapá com a intenção de executá-lo.
Em maio de 2022 o mesmo ganhou o beneficio de cumprir a pena em regime domiciliar e deveria estar cumprindo algumas medidas como não deixar a comarca e fazer uso de tornozeleira eletrônica, porém, Melônio estava sem o monitoramento e, por isso, teve a regressão do regime.
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