Brasil possui cerca de 3,5 mil superdotados identificados e apenas dois no Amapá, diz organização internacional
O Pará lidera na região Norte, e o Acre é o único estado que não aparece no balanço
De acordo com dados da Associação Mensa Brasil, representante oficial da Mensa Internacional, principal organização de alto QI do mundo, do total de identificados no país, mais de 25% são de crianças e adolescentes.
Segundo a pesquisa, 3,5 mil brasileiros com superdotação/altas habilidades identificados no território nacional, também chamados de “superinteligentes”, incluindo exatos mil crianças e adolescentes mapeados.
Segundo mapeamento da entidade, do total de pessoas identificadas no Brasil, o estado de São Paulo lidera o ranking, com 1552 superinteligentes. Em seguida estão Rio de Janeiro, com 376 pessoas, Minas Gerais, com 284, Paraná, com 268, e Distrito Federal, com 211.
O Pará lidera na região Norte, com 21 registros, ficando em 16º no ranking geral. O único estado que não aparece no balanço é o Acre, mas a organização não explica o porquê. Supõe-se que não haja registros de superdotados no estado. O Amapá aparece com dois superdotados.
Do total de superinteligentes identificados pela entidade no Brasil, mais de 25% são menores de idade, somando mil crianças e adolescentes. A primeira criança entrou na entidade em setembro de 2006, quando tinha 9 anos. Os identificados mais novos atualmente possuem 2 e 3 anos de idade.
Segundo o presidente da Associação Mensa Brasil, Carlos Eduardo Fonseca, o tema das altas capacidades cognitivas é de grande importância para o desenvolvimento do País. “Identificar pessoas com inteligência alta é ferramenta fundamental para ajudar o Brasil a desenvolver políticas públicas de superdotação e altas habilidades, que hoje não alcançam a população a ser atendida. Se até 11% da população é superdotada e menos de 27 mil têm atendimento na educação escolar, por exemplo, significa que o Brasil falha em identificá-los”, explica.
A organização recomenda aos governos brasileiros a adoção de sistema nacional estruturado de avaliação da inteligência de crianças matriculadas nos ensinos infantil e fundamental, tanto nas instituições de ensino públicas quanto nas privadas. Esta medida já é aplicada em diversos países, com resultados importantes e positivos.
Na visão da entidade, este modelo serviria de base para a ampla identificação dos chamados superinteligentes, ainda nos primeiros anos de escolarização, contribuindo para um melhor direcionamento, desenvolvimento e aproveitamento dos potenciais intelectuais no Brasil, contribuindo para a evolução destes indivíduos e beneficiando a sociedade brasileira.
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