Política Nacional

França pede ao Itamaraty reforço na proteção a escolas francesas no Brasil

Desde 2015, França foi alvo de ao menos 10 atentados terroristas.


O governo da França pediu nesta quarta-feira (20) ao Ministério das Relações Exteriores brasileiro um reforço na proteção de escolas e consulados franceses no Brasil. O pedido foi encaminhado pelo Itamaraty a 19 secretarias estaduais de Segurança Pública, que determinarão como se dará o reforço.

Na última quinta-feira (14), em Nice, sul da França, o tunisiano Mohamed Lahouaiej Bouhlel matou pelo menos 84 pessoas ao invadir com um caminhão uma área em que se comemorava o Dia da Bastilha. O país foi alvo de ao menos 10 atentados desde janeiro de 2015.

O pedido feito pela França não especifica nem o período de reforço na segurança e nem o motivo para a solicitação.

No Brasil, há quatro consulados franceses – Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Recife. Também há cinco unidades das Escolas Francesas – Brasília, Natal, Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba –, e outras 48 unidades da Aliança Francesa.

Segurança
Com a proximidade da Olimpíada do Rio de Janeiro, as atenções contra atentados terroristas foram redobradas pelo governo brasileiro. Representantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) informaram no último sábado (16) que iriam à França para trocar informações com autoridades do país sobre terrorismo.

O coordenador-geral de Segurança Pública dos Jogos, Cristiano Barbosa Sampaio, disse que o Brasil está em alerta amarelo, já que não há uma ameaça concreta contra o país. “Ele é caracterizado pelo aumento da atenção e do nível de resposta em relação ao cotidiano. Isso pode evoluir para o laranja ou para o vermelho, de acordo com alguma ameaça concreta que seja identificada com relação ao Brasil”, acrescentou.

A Abin divulgou nota nesta terça (19) que “todas as ameças” relacionadas à Olimpíada Rio 2016 são “minuciosamente” apuradas, “em particular as relacionadas ao terrorismo”. No documento, o serviço de inteligência brasileiro informa que “muitas” dessas “ameças” são descartadas, enquanto as que merecem “atenção” são “exaustivamente” investigadas.


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