Após operação da PF, serviços públicos são paralisados em Mazagão
Escolas da zona rural e ribeirinha, por exemplo, estão sem merenda escolar
De acordo com informações de funcionários da Prefeitura de Mazagão, órgãos públicos alvos da operação Cartas Marcadas, realizada no dia 2 de abril, da Polícia Federal e Ministério Público, estão com dificuldade no funcionamento.
Um dos motivos é a falta de computadores, que foram levados pela operação.
No total, 12 órgãos da prefeitura estão sendo investigados, entre eles a Secretaria de Finanças, Saúde, Infraestrutura, Administração e Educação, além das comissões de licitação.
Educação
Na Secretaria de Educação, o computador que faz a validação dos pontos dos servidores foi apreendido. Os trabalhadores não têm como registrar o dia trabalhado. O mais grave, segundo funcionários, é o que está acontecendo nas escolas. Das 52 localizadas na zona rural ou ribeirinha, pelo menos 25 estão enfrentando a falta de merenda escolar. A compra de alimentos é feita pela Secretaria de Educação nas empresas que venceram a licitação. Os principais fornecedores, citados nas investigações, suspenderam as entregas.
As escolas Algemira, Foz do Ajuruxi e Ariramba estão com os estoques zerados. A direção dos colégios enviou catraias para a sede do município para receber a alimentação, mas gastaram o óleo diesel do transporte escolar e retornaram sem nada.
Problemas também estão ocorrendo na escola municipal Otávio Caldeira Afonso, em Mazagão Novo. Não há alimentos para a merenda e o ônibus escolar, com defeito mecânico, está parado, sem manutenção, prejudicando o transporte dos alunos.
Outra situação é o atraso no pagamento dos funcionários do contrato administrativo e vigilantes, que estão há quase três meses com os salários atrasados. Com a operação em curso, bateu o desespero nos trabalhadores que não têm ideia de quando irão receber.
O vice-prefeito de Mazagão, José Hosana, informou que está muito preocupado com os problemas administrativos do município. Há cerca de um ano, ele estava longe da gestão municipal, sem participar das decisões da prefeitura. Hosana não foi citado nas investigações.
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