Feijão entende que Brasil não está preparado para mudar fonte energética em 30 anos
Geólogo mostra que no país há cem milhões de automotores movidos por derivados de petróleo, não tendo chegado, por outro lado, nem a meio por cento de carros elétricos
Douglas Lima
Editor
Para o experiente geólogo Antônio da Justa Feijão, a mudança da matriz energética de combustíveis fósseis para a chamada energia limpa, no Brasil, vai para além do que vem sendo propalado no mundo todo, considerando, entre outros fatores, que não há mercado para absorção das energias eólica e fotovoltaica.
As lideranças mundiais preveem que a transição da energia elétrica produzida por combustíveis fósseis, derivados do petróleo, para fontes limpas, venha a ocorrer daqui a 30 anos, mas Antônio da Justa Feijão acha que isso, no Brasil, vai além, podendo alcançar até os 50 anos.
O geólogo vê que o país tem mais de cem milhões de automotores movidos por derivados de petróleo, não tendo chegado, por outro lado, nem a meio por cento de carros elétricos e de hidrogênio. Feijão também olha que no Brasil está havendo redução na produção de etanol, por falta de mercado.
“Estamos pagando para esse discurso num país pobre que precisa de dinheiro para a saúde, e a educação, e para outros setores importantes. Como se quer gerar energia solar, tendo que ter subsídio pago por todos os brasileiros?”, indagou o especialista.
Na ocasião, o geólogo anunciou que o senador Lucas Barreto se mobiliza para realizar audiência pública com o propósito de eficazmente discutir a questão energética. Segundo ele, é preciso procurar meios para que não se deixe que daqui a três anos a população venha a pagar a conta de luz com reajuste de 70% ou mais.
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