“Ninguém divulga mais o Amapá para o Brasil do que a Jéssica”
Numa entrevista exclusiva ao programa Ponto De Encontro, da rádio Diário FM 90.9, o guitarrista Ximbinha apresenta sua nova parceira dos palcos, a amapaense Jéssica Rodrigues, que é de Laranjal do Jari.
Cléber Barbosa
Da Redação
Primeiro agradecer pela gentileza de falar com a gente, pois sabemos que nessa nova fase vocês estão numa agenda corrida de divulgação do novo projeto, no eixo Rio-São Paulo. Depois parabenizar pela escolha de uma amapaense como sua nova vocalista. Tudo bem Ximbinha?
Ximbinha – A satisfação é toda nossa, muito bom falar com todos aí e dizer que estamos agora aqui em Belém, onde chegamos ontem (sexta), mas é verdade estivemos esses dias todos em São Paulo, onde gravamos vários programas, divulgando esse novo projeto, esse novo trabalho. A gente tem a honra de ter uma amapaense nessa nova etapa, a Jéssica Rodrigues.
Diário – Pois é, tem muita gente vibrando com essa novidade, então parabéns Jéssica por esse grande salto em sua carreira, essa parceria que não é de agora também, não é?
Jéssica Rodrigues – Olha, é uma honra para mim estar aqui, claro, representando o Amapá por todo o Brasil, graças a Deus e ao Ximbinha que me deu essa oportunidade muito grande, então sou uma pessoa muito abençoada por estar ao lado dele nesse trabalho, que está lindo! [risos]
Diário – Pois é já são quantas músicas já que vocês colocaram a nova voz da Jéssica com a marca Ximbinha e Banda?
Ximbinha – Ah são várias, a Jéssica só neste projeto Ximbinha e Banda ela já tem 10 músicas e 9 clipes; no [projeto] Cabaré do Brega ela já tem umas 10 ou mais, foram muitas músicas gravadas que estouraram na voz dela, como agora Somos Ex, Saudades e Lembranças, como também regravações que a gente está fazendo para a Internet e redes sociais, como Telefone Fora de Área, Desfaz as Malas, e muitas outras músicas que a gente tem feito.
Diário – Agora Jéssica, estar ao lado dessa fera aí faz você ampliar o leque de atribuições, pois tem os programas de auditório, os games, em que além de tudo tem que se sair bem, não é?
Jéssica – Verdade, com certeza mesmo, são programas nacionais né? Mas a gente vai preparado, graças a Deus, além disso tenho um grande professor aqui do meu lado… [mais risos] que me ensina muito, a gente se sai super bem.
Diário – Agora é preciso fazer um recorte à parte nesse bate-papo para a gente relembrar a enorme contribuição que você Ximbinha fez ao juntar a sua guitarrada aos ritmos caribenhos que têm tanta influência no nosso brega e criar um novo gênero para aquilo que se convencionou chamar de calypso, não é?
Ximbinha – Olha, foi uma luta muito grande, mas a gente já vinha escutando a nossa música [do Norte] por lá, com muita gente antes da gente, mas nós fomos aqueles que chegamos a divulgar para o país todo. Tinham artistas que chegavam até o Nordeste, à vezes até o Centro-Oeste, mas não conseguiam pegar o eixo Rio-São Paulo, como também o Sul e até sair do Brasil. A banda Calypso foi um fenômeno mesmo para a música do Norte e do Brasil porque, pois ela atravessou fronteiras, então ela fez muito sucesso no Brasil todo, mas também em vários países. Nós tocamos muito mesmo em vários países.
Diário – E a guitarrada, ainda influencia muito seu trabalho até hoje não é?
Ximbinha – Sim, acabamos de lançar um disco no final do ano passado que se chama Guitarras Que Cantam, e o meu trabalho engloba muitos ritmos, inclusive a Guitarrada, que foi de onde eu comecei, pois no meu primeiro CD tinham apenas duas músicas cantadas, e todas as outras eram músicas soladas, que aqui a gente chama de guitarrada, mas que é uma música instrumental.
Diário – Esse trabalho novo, chamado O Ás e as Damas, reúne várias parcerias, mas a Jéssica é a vocalista oficial, não é?
Ximbinha – É, ela já está há quatro anos com a gente, um lindo trabalho, e é a voz do nosso projeto O Ás e as Damas. Nossa parceria começou quando ela me mendou um vídeo, quando a gente estava precisando de uma cantora, eu gostei da voz, do timbre dela, e pedi para vir fazer um teste em Belém, ela veio e não foi mais daqui do Pará… [risos] Esse projeto tem conquistado muita gente e logo logo vamos viajar o país todo até chegar aí. Mas ninguém divulga mais o Amapá do que a Jéssica. Um forte abraço a todos!
Perfil
Ximbinha – Ximbinha, nome artístico de Cledivan Almeida Farias, é um guitarrista, produtor, multi-instrumentista, empresário e compositor brasileiro.
Breve biografia
– Ximbinha começou a tocar guitarra ainda aos doze anos, influenciado por artistas de sua terra.
– Difundiu o ritmo brega pop, um derivado e refinado do brega, e reinventou o ritmo calipso.
– Aos dezoito anos já era o produtor musical mais conhecido de Belém, e pouco tempo depois se tornou o guitarrista de Roberto Villar.
– Antes de se tornar o maestro e guitarrista da Banda Calypso, Chimbinha produzia e colocava seu som em CDs de outros artistas.
– “Unanimidade onipresente”. Assim foi definido pela revista Bizz, muito antes de se tornar amplamente conhecido pela crítica e pelo público.
– Já o antropólogo Hermano Vianna, numa entrevista à revista Trip, considerou o paraense como um dos melhores guitarristas do país, independentemente do ritmo que toca. hoje, a guitarra de Chimbinha é conhecida no Brasil e em alguns países da América latina.
Posição atual
– Em 1999, Chimbinha e sua então esposa Joelma fundaram a banda Calypso, que conquistou notoriedade nacional.
– A banda Calypso teve 16 anos de carreira, participou de discos de mais de 300 artistas e teve mais de 15 milhões de CDs vendidos em todo o Brasil.
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