Bandidos atiram em criança de oito anos que tentou impedir execução do pai
Cachorro da família também foi morto na ação; crime aconteceu em uma área de invasão da avenida Maracujá, no Brasil Novo, zona norte de Macapá
Elen Costa
Da Redação
Criminosos armados invadiram uma residência e executaram um homem na frente de seus familiares. O crime aconteceu em uma área de invasão da avenida Maracujá, no Brasil Novo, zona norte de Macapá, por volta das 22h10 dessa segunda-feira, 20.
O filho da vítima fatal, identificada como Ideraldo Sanches Tavares, de 33 anos, foi baleado na ação e perdeu os dedões dos pés. A criança, que tem oito anos de idade, foi socorrida pelo Samu e levada para o Hospital de Emergência, onde foi submetida a procedimento cirúrgico. De acordo com um dos socorristas, o menino teve os tendões dilacerados e corre riscos de ficar deficiente.
No relatório do Ciodes consta que minutos antes do assassinato de Ideraldo, quatro bandidos armados invadiram uma residência nas proximidades e anunciaram um assalto. A todo momento os infratores perguntavam pelo cofre com dinheiro e ameaçavam o dono do imóvel de morte, caso ele não entregasse os valores.
A vítima do roubo contou aos policiais militares do 2º Batalhão e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) que ouviu quando os meliantes falaram que iriam “matar o cara porque deu a barca errada, que teria dinheiro na casa e não tinha”.
Após isso, o bando fugiu levando três televisores da casa e o veículo da família, que ficou amarrada. Ainda, segundo o Ciodes, os criminosos seguiram com destino à casa de Ideraldo e o executaram com pelo menos cinco tiros.
Quando chegaram ao local os assassinos atiraram e mataram o cachorro da família. Depois, arrombaram a porta, foram até ao quarto onde o homem estava e começaram a disparar. Para defender e tentar evitar a execução, o garoto se abraçou ao pai e acabou baleado pelos bandidos. Além da criança, estavam na casa a esposa e os outros dois filhos autistas de Ideraldo.
As equipes da Polícia Militar fizeram rondas na cidade, mas não encontraram os suspeitos. Agentes da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Pessoa (Decipe), sob a coordenação do delegado Leonardo Alves, assumiram as investigações.
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