“Arquivo e memórias são indissociáveis”, diz Elke Rocha, do Cemedharq
Coordenadora do Centro de Documentação Histórica da Unifap fala sobre participação do Amapá na programação da Semana Nacional do Arquivo, no Museu Sacaca
Douglas Lima
Editor
O Museu Sacaca receberá na próxima terça-feira, 4, uma programação dedicada referente à Semana Nacional do Arquivo, que vai de 3 a 9 de junho.
Falando sobre o tema, a coordenadora do Centro de Memórias, Documentação Histórica e Arquivos da Universidade Federal do Amapá, Unifap, trouxe mais detalhes no programa Ponto de Encontro (Diário FM 90,9).
“Arquivo e memórias são indissociáveis; a memória é acessada através de documentos, artefatos, músicas e cartas. Os arquivos vêm fazer essa salvaguarda do que temos contatos e chega até nós. Os novos alunos farão curso de restauração de documentos, que é uma área escassa e sensível no amapá”, declarou Elke.
Também na conversa, Lucas Maximin, que é doutorando em história pela Universidade Federal do Pará, UFPA, celebrou a entrada do Amapá na rota do evento nacional. Para o historiador, a ocasião é de grande importância para o estado, já que o evento tem o aval e a chancela do Arquivo Nacional.
“Pela primeira vez o Amapá está na rota desse evento, é muito gratificante para nós e para o Centro de Memória da Unifap. Ele é um Centro com registro no Conselho Nacional de Arquivos, o Conarq, e estabelece essa parceria com o Tjap e Museu Sacaca. É gratificante ter essa relação com instituições internas”, disse Lucas.
Representando o Tjap, o museólogo Michel Ferraz falou do acervo do Tribunal e lembrou de uma das surpresas localizada nos arquivos. Michel relatou que foi encontrada uma carta dentro de um processo cuja autoria é dada ao herói local Cabralzinho, que planeja libertar detentos que estavam na Fortaleza de São José, no ano de 1890.
“São coisas como essa que a gente vai achando, põe na mão dos historiadores. O Tjap está de portas abertas”, salientou Michel.
Vitória Santos, mestranda em história na Unifap e fechando a roda de especialistas, salientou a importância das pesquisas e dos arquivos para se escrever a história do Amapá: “É na Universidade que os acadêmicos têm o contato com a documentação. Como pesquisar histórias sem tocar nos arquivos?’.
Encerrando a conversa dos especialistas, a doutora Elke disse: “Teremos documentos originais, o que chamamos de fonte primária. Todos precisamos de arquivos, não só o historiador, mas o geógrafo e o jornalista também precisam desse suporte”.
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