Polícia

PMs acusados de duplo homicídio são absolvidos no Tribunal do Júri

Conselho de Sentença entendeu que policiais agiram em legítima defesa e dentro do cumprimento do dever


 

Elen Costa
Da Redação

 

Quatro policiais militares do ex-Batalhão de Rádio Patrulhamento Motorizado, hoje Batalhão de Força Tática, acusados de duplo homicídio, foram absolvidos no Tribunal do Júri, na madrugada desta quinta-feira, 6. O Conselho de Sentença entendeu que os agentes agiram em legítima defesa e dentro do cumprimento do dever.

 

 

O major, o tenente e dois sargentos envolvidos na ocorrência de invasão a uma agência bancária na área central de Macapá, no dia 10 de abril de 2017, que resultou na morte de Adriano Fortunato da Silva e Alessandro Lima Ferreira, sentaram no banco dos réus nessa quarta-feira, 5, e foram inocentados. A sentença foi anunciada no início da madrugada desta quinta-feira, 6.

 

Além da guarnição, oito testemunhas arroladas pela acusação e defesa, foram ouvidas. Entre elas, um dos criminosos que participou do furto ao Banco. O bandido, que se encontra preso no Iapen, cumprindo pena por outros crimes, chegou a dar detalhes da ação e de como orquestraram a entrada no Banco Santander.

 

 

Os fatos

Na época, a quadrilha entrou na agência arrombando um cadeado do portão lateral. O bando fez um buraco na parede de concreto e após furtar armas de fogo, foi flagrado fugindo do local pelos fundos que se conectam ao prédio da OAB/AP, onde Adriano Fortunado trabalhava. Foi ele quem teria dado suporte logístico aos demais criminosos. Ao ser encurralados, Adriano e Alessandro dispararam contra os militares e no revide foram baleados.

 

Em 2019 o Ministério Público chegou a oferecer denúncia contra os quatro PMs, mas depois de depoimentos e análises do fato, os promotores pediram a absolvição sumária dos agentes. Dois revólveres de calibre 38, cada um, com nove munições deflagradas foram encontrados em posse dos suspeitos e apresentados na delegacia.

 

Exame residuográfico constatou chumbo nas mãos de Alessandro e Adriano, que já respondia por participação no homicídio de um adolescente de 16 anos, na saída de um clube, em 2011, quando a vítima foi assassinada a tiros.

 


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