Polícia foca nos bens materiais e bloqueio de valores de traficantes, diz titular da Dete
Delegado Estéfano Santos, titular da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes, afirma que Amapá tem se tornado rota alternativa do narcotráfico
Elen Costa
Da Redação
Criado pelas Nações Unidas com o objetivo de conscientizar a população global a respeito dos problemas desencadeados aos indivíduos que a consomem e à sociedade, e planejar ações de combate à dependência química e ao tráfico, o 26 de junho é o Dia Internacional de Combate às Drogas. A data foi estabelecida em Assembleia Geral em 7 de dezembro de 1987.
No Amapá, diariamente as forças de segurança atuam no combate ao tráfico de drogas em todos os municípios. Em entrevista ao programa LuizMeloEntrevista, o delegado Estéfano Santos, titular da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (Dete), falou sobre a maior apreensão de drogas da história do estado – 218 quilos de skank – e do minucioso trabalho dos agentes em relação às investigações.
“Permanecemos empenhados em trazer resultados expressivos para a sociedade. Estamos com policiais destacados em uma operação coordenada pelo Ministério da Justiça; passamos a realizar com mais afinco os trabalhos de inteligência e investigação, e com essa apreensão recorde no fim de semana fica demonstrado que estamos no caminho certo”, enfatizou Santos.
De acordo com o delegado, nos últimos anos o Amapá tem se tornado rota alternativa dos narcotraficantes. Antes, o produto ilícito era trazido para o estado por meios marítimo e aéreo. Agora, os criminosos utilizam a estrada que liga Laranjal do Jari a Monte Dourado, no Pará.
“Eles [traficantes] estão tendo acesso de carro ao município de Santarém, com muita facilidade. Isso de certa forma atraiu os olhares dos criminosos que estão utilizando essa rota. A apreensão desses mais de duzentos quilos da supermaconha, naquele momento nos causou felicidade, mas também, certa preocupação, porque reafirmou que o Amapá passou a ser rota, inclusive, para o tráfico internacional, por conta da fronteira com a Guiana”, explicou a autoridade policial.
Estéfano destacou a importância do trabalho integrado entre as forças no combate ao crime organizado e, consequentemente, ao tráfico de drogas. “A gente percebe que acabou o ego entre as policias e, com isso, conseguimos concentrar as ações, de fato, no crime. O compartilhamento mais simples de informações traz resultados como temos visto ultimamente”, ponderou o titular da Dete, garantindo que a polícia tem focado em apertar o cerco no que diz respeito a bens materiais das facções adquiridos com dinheiro ilícito e no bloqueio de valores dos criminosos, o que traz grande prejuízo ao crime organizado.
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