Polícia

Corregedoria apura conduta de policial civil e do marido em suposto caso de dano, ameaça e ato obsceno

Episódio teria ocorrido no último fim de semana durante programação da Escola Bíblica de Férias da Assembleia de Deus – Ministério Jeová Shammá, localizada na rodovia JP


 

Elen Costa
Da Redação

 

A Corregedoria da Polícia Civil investiga o envolvimento de uma agente e do marido dela em um caso de dano, ameaça e ato obsceno contra membros da Igreja Assembleia de Deus – Ministério Jeová Shammá, localizada no Ramal do Micromundo, na rodovia Josmar Chaves Pinto.

 

O episódio teria ocorrido no último fim de semana, durante programação da Escola Bíblica de Férias. De acordo com o boletim de ocorrências registrado na 10ª Delegacia de Polícia, na sexta-feira, 26, o casal teria começado o dia agitado, quebrando as janelas de vidro do templo. No sábado, 27, o caso escalou para o nível mais grave, quando marido e mulher, aparentando estarem embriagados, passaram a afrontar os integrantes da igreja.

 

Segundo o presidente da Comissão de Juristas Evangélicos da OAB e membro do Conselho Estadual de Pastores do Amapá, pastor Besaliel Rodigues, o homem passou a baixar as calças e mostrar o seu pênis no meio da rua para a pastora responsável pelo evento e para as crianças e adolescentes participantes da programação. O ato foi filmado e fotografado.

 

 

“Para piorar, ele entrou na casa, pegou uma picareta e começou a quebrar o muro da entidade religiosa, e ameaçou ferir e matar as pessoas que estavam no templo, dizendo que sua esposa, que é policial civil, tem uma arma e vai dar tiro na cabeça de cada um”, disse Besaliel, completando que “há 17 anos esta congregação funciona neste lugar, e há mais ou menos um ano a policial passou a residir nas proximidades com o esposo e, desde então, eles vêm praticando, constantemente, o crime de intolerância religiosa contra os fiéis”.                       

 

Ainda segundo o líder religioso, as programações da igreja foram suspensas por causa da ameaça de morte e o templo foi esvaziado.

 

Uma Ação Penal foi impetrada contra o casal. O Tribunal de Justiça do Estado abriu vistas ao Ministério Público Criminal. Houve também a comunicação na Corregedoria da instituição. O corregedor, delegado Victor Crispim, falou com o Diário do Amapá e revelou que tomou conhecimento a respeito do caso nesta segunda-feira, 29, e já está apurando a conduta da agente.

 

“Um procedimento criminal e outro disciplinar foram instaurados. Foi solicitada a perícia no local e a vítima vai ser notificada para prestar esclarecimentos”, disse.

 

Nossa equipe também tentou ouvir os acusados, mas não os conseguiu localizar.

 


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