Cidades

Campanha ‘Coração Azul’ defende o fim do tráfico de pessoas

O tráfico de seres humanos é considerado o terceiro crime mais rentável do mundo


A Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Praticados Contra Criança e Adolescentes (Dercca) aderiu à Semana de Mobilização e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas no Estado do Amapá, cuja campanha foi denominada “Coração Azul”. O objetivo é buscar a participação em massa e servir de inspiração para medidas que ajudem a acabar com o tráfico de pessoas.

O evento é organizado pela Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp) em parceria com a Secretaria Extraordinária de Políticas para as Mulheres (SEPM) e Dercca.

O tráfico de seres humanos é considerado o terceiro crime mais rentável do mundo, que movimenta cerca de 32 bilhões de dólares anualmente para redes criminosas. No Amapá, os casos já somam 17 e outros 10 suspeitos de tráfico de humano, segundo informações do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (NETP), criado pelo Governo do Estado.

“Temos consciência da gravidade do fato, mas estamos atentos e aptos para investigar qualquer ação criminosa dessa natureza, contra crianças e adolescentes. Nosso objetivo é mobilizar e conscientizar toda a sociedade para o enfrentamento ao tráfico de pessoas; não podemos deixar que o número de casos aumente no nosso Estado”, enfatizou o delegado Daniel Mascarenhas, titular da Dercca.

Durante a programação da semana “Coração Azul” haverá panfletagem em diferentes pontos da cidade com informações sobre o tema e mini curso para servidores dos órgãos envolvidos.

Entre os casos investigados pela Polícia Civil está o da colombiana, de 29 anos, que foi traficada para fins sexual em um garimpo. A mulher veio com a promessa de que iria trabalhar como babá em Macapá, mas foi obrigada a trabalhar como garota de programa. Outro caso recente é o do bebê de Oiapoque vendido pela própria mãe a um casal de Brasília por R$ 1,2 mil.

A Polícia Civil faz um alerta para a inauguração da Ponte Binacional, que liga o Amapá com a Guiana Francesa, onde deverá existir uma criteriosa fiscalização e controle para evitar possíveis ações criminosas que possam ocorrer, já que o Amapá é usado como rota de tráfico de pessoas para fins sexuais, trabalho escravo e até venda de órgãos.


Deixe seu comentário


Publicidade