Grávida de oito meses é presa por envolvimento em execução
Além dela, foram capturados outros dois suspeitos de terem assassinado montador de palco Moisés Nascimento
Elen Costa
Da Redação
Uma mulher grávida de oito meses está entre os presos que foram capturados nessa segunda-feira, 26, pela Delegacia Especializada em Crimes Contra a Pessoa (Decipe), sob acusação de envolvimento na morte do montador de palco Moisés da Silva Nascimento, de 20 anos de idade, ocorrido na tarde de domingo, 25, no bairro São Lázaro, zona norte de Macapá.
O trio foi localizado em uma vila de kit nets, na mesma região onde o crime aconteceu. Segundo os levantamentos policiais, o local funciona como base de uma facção criminosa, inclusive é usado como ponto de venda de drogas.
As investigações, que estão sendo coordenadas pelo delegado Mauro Ramos, revelaram que a vítima foi atraída e escoltada até à cabeceira de uma ponte por Nilcilene Souza, de 26 anos, e Keronline Soares, de 18, que também foi presa. Lá, os demais criminosos já esperavam para levar Moisés até ao local da execução – uma área atrás do galpão da Secretaria de Transporte do Amapá (Setrap), onde ele foi morto com dez tiros.
Além de Nilcilene e Keronline, a polícia prendeu Alessandro Nery, 19 de anos de idade. Um quarto suspeito conseguiu escapar do cerco policial depois de usar uma criança como escudo humano, mas deixou para trás uma mochila com uma arma de fogo, do tipo pistola, que a autoridade policial acredita ter sido usada no homicídio.
Em depoimento, um dos presos confirmou que a arma foi usada para matar Moisés. Contudo, o delegado Mauro Ramos disse que a confirmação só será dada após o resultado da comparação balística da Politec.
Todos serão indiciados por pertencer a organização criminosa, por homicídio qualificado e por associação para o tráfico de drogas. As diligências continuam no sentido de prender o fugitivo.
Moisés era morador do bairro Congós, zona sul da capital, e saiu de casa na noite de sábado, 24, para dormir na casa da namorada. Ao ser identificado como alguém que não morava na comunidade, levantou suspeitas dos integrantes da facção que atua na área.
Ele foi parado e teve o celular vasculhado, sendo liberado. No dia seguinte, foi atraído para a emboscada, quando as duas mulheres o chamaram fazendo com que fosse ao encontro dos assassinos. Até o momento, não há informações de que a vítima tenha envolvimento com o crime organizado.
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