Polícia

Operação da Polícia Civil do DF investiga empresário e advogado do Amapá que atuam em Brasília

Investigações apontam fortes indícios de favorecimento indevido à empresa prestadora de serviço que, mesmo com falhas, teve contrato de R$ 300 milhões renovado


 

Empresários e agentes públicos foram alvos de uma operação coordenada pelo Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado (DRCOR/Decor) por suspeita de pagar propina a servidores do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges) para firmar contratos de fornecimento de alimentos aos pacientes das unidades de saúde.

 

Nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira, 28, a Polícia Civil em apoio ao Ministério Público do DF cumpriu 20 mandados de busca e apreensão em endereços vinculados ao núcleo empresarial da empresa prestadora dos serviços e a servidores do Iges-DF, além da própria sede. As diligências foram feitas na capital federal, em Goiás e em Macapá, no Amapá.

 

Alguns dos mandados foram cumpridos nos endereços de: Caio Valério Gondim Reginaldo Falcão, diretor vice-presidente do Iges; Antônio Carlos Garcia Martins Chaves, diretor de administração e logística; empresa Salutar Alimentação e Serviços Ltda., beneficiária do contrato.

 

A investigação teve início em abril de 2023. No curso das apurações, foram observados vários elementos de que o serviço é prestado de forma precária, dada a falta de insumos, atrasos nas entregas e carência de equipamentos adequados à produção de alimentos, ocasionando problemas no plano nutricional dos enfermos, dificultando, assim, a plena recuperação dos pacientes.

 

As diligências apontaram fortes evidências que indicam o direcionamento contratual, favorecimento indevido da empresa prestadora do serviço, que, mesmo diante das inúmeras falhas verificadas, teve o contrato renovado e seus pedidos de aumento dos valores repassados pelo Iges-DF atendidos.

 

Os suspeitos poderão responder pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, por integrar organização criminosa e lavagem de capitais. Caso condenados, podem pegar até 30 anos de prisão.

 

Participaram da ação cerca de cem policiais do Departamento de Combate à Corrupção da Polícia Civil do Distrito Federal, com o apoio do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios, por intermédio da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus), e de policiais lotados no Departamento de Polícia Especializada da PCDF, bem como da Polícia Civil do Amapá e da Polícia Civil de Goiás.

 

O outro lado

Por meio de nota, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IgesDF) informou que está ciente da Operação Escudeiro e aguarda o andamento das investigações conduzidas pelas autoridades competentes. Estamos comprometidos em fornecer todas as informações necessárias para o esclarecimento dos fatos.

 


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