Polícia

Líder de facção comandava crimes de dentro da penitenciária, diz polícia

Mandados de busca e apreensão e de prisão foram cumpridos pela Draco em pavilhão do Iapen


 

Elen Costa
Da Redação

 

A Divisão de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) realizou uma operação em um pavilhão do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen).

Mandados expedidos pela Justiça amapaense foram cumpridos nesta quarta-feira, 28, com apoio da Polícia Penal.

 

O foco da ação foi uma liderança criminosa que, mesmo presa, continuava a comandar as atividades do grupo em um bairro de Macapá, utilizando celulares e aplicativos de mensagens.

 

A operação resultou na apreensão de oito telefones celulares e carregadores, pequenas quantidades de entorpecentes e diversas armas brancas.

 

O delegado Ismael Nascimento, titular da Draco, disse que o alvo da operação utilizava celulares para manter sua posição como líder, mesmo estando recluso há quatro anos, respondendo a vários crimes.

 

“O investigado coordenava, de dentro do sistema penitenciário, a arrecadação de contribuições financeiras dos membros do grupo criminoso, repassando os valores para sustentar atividades ilícitas, como tráfico de drogas, aquisição de armas e homicídios”, explicou Nascimento, destacando ainda que a operação teve como objetivo desmantelar essa rede de comunicação essencial para as operações da organização criminosa fora dos muros da prisão.
Além do cumprimento de mandados de busca em todo o pavilhão, também foi cumprido um mandado de prisão por tráfico de drogas contra outro interno, e apreendidos materiais que serão periciados para subsidiar futuras investigações.

 

O delegado ressaltou a importância de manter os investigados presos e renovar constantemente os pedidos de prisão para impedir que continuem a exercer influência sobre as operações dos grupos criminosos.

 

“A renovação desses pedidos de prisão é fundamental para preservar a ordem pública e garantir que esses indivíduos não se beneficiem de regalias prisionais ou sejam colocados em liberdade antecipadamente”, destacou.

 

A autoridade policial falou sobre o papel fundamental dos policiais penais na operação, elogiando o trabalho dedicado dessas equipes na repressão ao crime organizado e na constante colaboração com as investigações da Polícia Civil.

 

“A parceria com os policiais penais é crucial no combate às organizações criminosas, principalmente no controle do sistema prisional, onde os grupos tentam perpetuar suas atividades”, concluiu Ismael.
As investigações continuarão para desarticular a estrutura do grupo criminoso e responsabilizar todos os envolvidos.

 


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