Camilo aumentou em R$ 92 mi obras do BNDES
A obra da ponte sobre o Rio Matapi, que integrará a região metropolitana de Macapá, Santana e Mazagão
A obra da ponte sobre o Rio Matapi, que integrará a região metropolitana de Macapá, Santana e Mazagão, está saindo mais cara ao bolso do contribuinte do que o projeto inicial apresentado ao BNDES. A ponte que deveria custar R$ 86 milhões aos cofres públicos, foi encarecida em R$ 20 milhões em agosto de 2014, conforme comprovam documentos da gestão do ex-governador Camilo Capiberibe (PSB).O projeto da ponte, deixado pronto e com dinheiro reservado pela gestão do governador Waldez Góes, no ano 2010, só teve início em janeiro de 2014. Oito meses depois, conforme comprovam documentos assinados pela então secretária de Transportes, Laura Souza, o custo da obra foi majorado em R$ 20 milhões. Outras obras financiadas pelo BNDES também sofreram reajuste nos preços por meio de termos aditivos.
O contrato Nº 008/2011 publicado no Diário Oficial de 01 de agosto de 2011, também apresenta uma lista de obras que receberam acréscimo nos valores, como a pavimentação das rodovias AP-010, AP-070, AP-110 e AP-270, dentre outras. Juntas as obras ultrapassam R$ 92 milhões em reajustes. Só a pavimentação da Rodovia AP-070, entre as localidades de Santo Antônio da Pedreira e Santa Luzia do Pacuí, os valores subiram R$ 29 milhões, em relação ao preço inicial.
Como a maioria das obras do Governo do Estado a nova gestão encontrou a construção da ponte sobre o Rio Matapi paralisada e com dívidas. Para retomar a obra o secretário de Estado de Transportes, Odival Monterrozo conseguiu um acordo com representantes do Consórcio Equador e da empresa C.R. Almeida responsável pela execução dos serviços.
“Nas medições feitas pela construtora a gestão anterior ficou devendo R$ 22 milhões. Estamos em acordo com empresários e com o BNDES para negociar esse débito”, explicou Monterrozo.Um estudo minucioso está sendo feito pela Secretaria de Estado de Planejamento em todas as obras do Estado, principalmente nas que dependem de recurso oriundo de empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES). Relatórios analisados até agora, demonstram disparidade entre o valor aprovado pelo BNDES e as dotações orçamentárias apresentadas pela gestão anterior, bem como obras já em execução, mas que no relatório do banco financiador ainda estão em estágio de análise.
A obra da Ponte sobre o Rio Matapi tem 50% do cronograma executado e os serviços já foram retomados com 380 trabalhadores.
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