Cidades

Mulheres ganham 12,3% a menos que homens no Amapá, revela relatório

Documento reúne informações de 118 empresas amapaenses com cem ou mais funcionários


 

No país, as mulheres ganham 20,7% a menos do que os homens. E ela ganham 12,3% a menos do que os homens no Amapá. No estado, a remuneração média dos homens é de R$ 2.446,06, enquanto a das mulheres é de R$ 2.144,55. É o que aponta o 2º Relatório de Transparência Salarial, documento elaborado pelos ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e das Mulheres com o recorte de gênero, a partir dos dados extraídos de informações enviadas pelas empresas com cem ou mais funcionários, exigência da Lei nº 14.611/2023.

 

A Lei de Igualdade Salarial determina a equiparação de salários entre mulheres e homens em situações nas quais ambos desempenham funções equivalentes (ou seja, quando realizam o mesmo trabalho, com igual produtividade e eficiência). No Amapá, a diferença de remuneração entre mulheres e homens varia de acordo com o grande grupo ocupacional. Em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, a diferença é de 7,2%.

 

No total, 118 empresas rondonienses responderam ao questionário. Juntas, elas somam 31.328 pessoas empregadas.

 

O 2º Relatório foi apresentado na última quarta-feira, 18 de setembro. Em março, o primeiro relatório indicou que, em média, as mulheres recebiam 70,5% do salário pago aos homens no estado, ou 29,5% a menos. No primeiro ciclo, 116 empresas enviaram informações referentes a 29,6 mil pessoas empregadas.

 

No recorte por raça, o relatório aponta que o número de mulheres negras é bem maior que o de mulheres não negras nas empresas do levantamento, com registro de 10,2 mil e 2,8 mil, respectivamente. Contudo, mulheres negras recebem, em média, 13,5% a menos que as não negras. Entre os homens negros e não negros, a diferença de remuneração média é de 4,1%.

 

 

O documento registrou que, no Amapá, 59,6% das empresas possuem planos de cargos e salários; 46,8% têm políticas de incentivo à contratação de mulheres; 48,9% adotam políticas para promoção de mulheres a cargos de direção e gerência e 27,7% adotam incentivos para contratação de mulheres negras. Em relação ao incentivo à contratação de mulheres LGBTQIAP+, 19,1% dos estabelecimentos contam com a política.

 

O relatório também apresenta informações que indicam se as empresas contam com políticas efetivas de incentivo à contratação de mulheres, como flexibilização do regime de trabalho para apoio à parentalidade, entre outros critérios vistos como de incentivo à entrada, permanência e ascensão profissional das mulheres.

 


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