Acusada de mandar matar adolescente é presa pela Decipe
Mulher teria sido motivada a ordenar assassinato de jovem por acreditar que ele estaria envolvido no homicídio de seu filho
Elen Costa
Da Redação
Uma mulher de 50 anos de idade, suspeita de ser integrante de organização criminosa, foi presa nesta segunda-feira, 30, por policiais civis coordenados pelo delegado Leonardo Leite, titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Pessoa (Decipe).
De acordo com a autoridade policial, a mulher é acusada de homicídio qualificado pela traição, emboscada, mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima.
O crime, conforme o inquérito, ocorreu em abril deste ano e vitimou um adolescente de 17 anos.
Inicialmente, o caso foi tratado como desaparecimento de pessoa. Mas, após mensagens de um perfil ‘fake’ no facebook para familiares do jovem, equipes do Núcleo de Investigações de Pessoas Desaparecidas (NIPD) e do Núcleo de Investigação de Homicídios (NIH), encontraram o corpo do menor enterrado, com as mãos e pés amarrados e com a boca amordaçada, em uma área conhecida como ‘Bueirinho’, na zona norte de Macapá.
“No dia 22 foi feito o registro do desaparecimento. Três dias depois, com a informação recebida pelas redes sociais, fomos ao local indicado e de fato achamos o cadáver lá”, disse Leite.
No decorrer das investigações, a polícia descobriu que a pessoa presa foi a mandante do crime.
“Na residência dela, foram apreendidos alguns fios e barbantes similares aos utilizados para amarrar a vítima. O laudo da Polícia Científica afirmou que os fios eram compatíveis. Representamos pela prisão preventiva da suspeita, que foi deferida e devidamente cumprida”, pontuou o delegado.
Ainda segundo as investigações, a mulher teria sido motivada a ordenar o assassinato do adolescente por acreditar que ele estaria envolvido no homicídio de seu filho.
“Essa vítima também teria tirado uma foto com o símbolo de uma organização criminosa contrária àquela a que ela pertence”, concluiu Leonardo.
A acusada foi presa em sua residência, no bairro São Lázaro, mesma região onde o corpo do rapaz foi encontrado.
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