Candidatos a prefeito de Macapá debatem propostas no Sistema Diário de Comunicação
Atual gestor, Antônio Furlan, que tenta se reeleger, não compareceu; no início da manhã, com divulgação de sua agenda, ele confirmou presença no encontro, mas depois, em nota de assessoria, informou que não poderia participar em virtude de outros compromissos de campanha.
Douglas Lima
Editor
Com ausência do candidato do MDB, Antônio Furlan, o Sistema Diário de Comunicação realizou na tarde-noite desta terça-feira, 1, o tradicional debate entre os pretendentes ao cargo de prefeito de Macapá. Quatro deles participaram: Patrícia Ferraz (PSDB), Aline Gurgel (Republicanos), Gilvam Borges (Avante) e Paulo Lemos (Psol).
No confronto verbal, os candidatos abordaram vários assuntos de interesse do município de Macapá, e aproveitaram para criticar a desistência do atual gestor, Antônio Furlan, que tenta a reeleição. No início da manhã, com divulgação de sua agenda, ele confirmou presença no Debate da Diário, mas depois, em nota de assessoria, informou que não poderia participar em virtude de outros compromissos de campanha.
Acompanhe o desempenho de cada postulante ao Palácio Laurindo Banha, a sede do governo municipal da capital amapaense:
A tucana Patrícia Ferraz iniciou o debate jogando para a torcida das mulheres, estratégia que adotou até se despedir, tendo dito diversas vezes: “Mulher vota em mulher, sim”. Ela disse que a mulher pode ser dona de casa e empresária, como também taxista e ainda estar na política, independente de sua beleza, porque foi feita para servir com excelência.
A candidata do PSDB prometeu, se eleita, avançar com a saúde do município, implantando Prontuário Eletrônico em todas as UBSs, para que onde o paciente for se tratar, logo seja identificado. Para o setor, fará concurso público e conseguirá mais cinco carretas da mulher, além de implantar a Telemedicina.
Patrícia prometeu fazer licitação para o transporte público de Macapá e garantir ônibus novos com internet e ar-condicionado. Também dotará o serviço de condução coletiva com aplicativo para que os usuários tenham controle pessoal sobre onde o ônibus da linha está e qual o tempo que demandará para chegar na parada.
A tucana ainda implantará mais ciclofaixas e ciclovias na cidade, além de semáforos sincronizados, bem como revitalizará os pontos de táxis, mototáxis e de ônibus. Ela prometeu realizar concurso público para contratação de agentes de trânsito, bem como para a CTMac, setor educacional e ainda para a Guarda Civil.
A candidata à prefeita prometeu fazer a regularização fundiária dos lotes urbanos da capital, para garantir moradia legal às famílias que vivem nas áreas invadidas, e também regularizará os ocupantes das chamadas áreas obsoletas. “Sabemos o quanto é essencial viver com a família em sua própria casa”, justificou.
Patrícia prometeu criar a Secretaria Municipal de Segurança Pública. Ela entende que a Guarda Civil não deve proteger apenas o patrimônio, mas também a população, integrada às forças de segurança do estado e do governo federal. Ela vai implantar monitoramento nas escolas, com câmeras, sem deixar de lado a vigilância presencial, porque, segundo ela, isso gera autoridade.
A candidata ainda prometeu criar empregos e renda por meio de Parceria Público-Privada (PPP) e também, para fazer do turismo uma forte fonte de renda no município de Macapá, valorizará a Linha do Equador, o rio Amazonas, o Marabaixo e a gastronomia local. Como o mesmo foco, capacitará jovens para inserção no turismo.
Aline Gurgel, do Republicanos, prometeu construir duas novas UBSs, uma na zona sul, nas imediações do Araxá e Pedrinhas, e outra na zona centro-oeste. Vai descentralizar os exames de imagens, hoje feitos somente na Policlínica Papaléo Paes, distribuindo-os pelas unidades básicas de saúde. Atuará na saúde da mulher, preocupando-se com as prevenções. A carreta da mulher, que segundo ela não está funcionando, vai voltar a ser usada.
A postulante ao Palácio Laurindo Banha prometeu implantar o Programa CNH Cidadã, que consiste em expedir Carteira Nacional de Habilitação, gratuita, em benefício de jovens que querem empreender ou trabalhar. Também implantará, segundo disse na entrevista, o Centro de Formação Profissional.
A candidata disse que 14 mil famílias moram em áreas de ressaca, em Macapá, submetidas a formas desumanas de sobrevivência. “Para tirar essa gente daí, vamos construir conjuntos habitacionais nos bairros Congós, Nova Esperança e Muca, e também vamos entregar o conjunto Janary Nunes, hoje em demorada construção na Fazendinha. Isso está em nosso Plano Moradia Segura”, prometeu.
Aline vai criar no governo de Macapá, se eleita for, a Secretaria de Segurança Cidadã, com o propósito de integrá-la às outras forças de segurança, dentro do Sistema Único de Segurança Pública (Susp). Segundo ela, o setor de segurança pública do município será ordenado pelo vice-prefeito coronel PM Adilton Corrêa, que já foi chefe da Guarda Civil de Laranjal do Jari e comandante-geral da Polícia Militar do Amapá.
“Vamos estabelecer os territórios de paz, a exemplo do que já acontece em Belém do Pará”, disse a candidata à prefeita municipal de Macapá, para explicar que a iniciativa promove atividades culturais, educacionais, artísticas e de assistência social em locais vulneráveis à violência na cidade. Ela ainda prometeu valorizar os professores, dando-lhes condições de atuar nas salas de aulas e garantindo-lhes piso salarial e qualificação.
“Investir na educação é a melhor ferramenta contra a pobreza e a fome”, apontou Aline Gurgel, como uma das maneiras que utilizará no combate aos dois flagelos, um dos carros-chefes de sua campanha para prefeita do município de Macapá. Numa das entrevistas que deu na Diário FM, fora do debate desta terça-feira, 1, ela prometeu acabar de vez com a fome e a pobreza entre os macapaenses.
Gilvam Borges iniciou o debate prometendo abrir Macapá, e em consequência o estado do Amapá, para o mundo, com a utilização da ciência e tecnologia, inclusive com a inteligência artificial. “Eu não quero ser um prefeito convencional, vou mais além”, disse, mas não desenvolveu o raciocínio, preferindo, ao longo de todo o debate, criticar o prefeito ausente, com palavras de baixo calão, e a elogiar as candidatas Patrícia Ferraz e Aline Gurgel, chamando-as de competentes, e Paulo Lemos, como especialista em concurso público.
O candidato do Psol, Paulo Lemos, dentro do princípio de que fazer saúde pública é cuidar das pessoas, criticou o setor, apontando-o como sem médicos e sem remédios. Observou ser absurdo UBSs funcionarem apenas no horário comercial, o que segundo ele acontece em localidades da zona rural. “Vamos modernizar tecnologicamente a saúde de Macapá. Logo na primeira semana de governo providenciarei a realização de concurso público para essa área”, prometeu.
Paulo Lemos observou que a licitação para o transporte público de Macapá não aconteceu porque a atual gestão não dialoga. “Precisamos de transporte público de qualidade. Mas o setor não é só de ônibus. Precisamos também dialogar com os que usam aplicativo, taxistas, ciclistas e mototaxistas”, argumentou.
O candidato a prefeito prometeu criar o Banco do Povo Municipal para dar linha de crédito de incentivo para a indústria e o empreendedorismo. Vai reformar o Shopping Popular e colocar a gestão para orientar o funcionamento do logradouro que, conforme observou, é um exemplo de má administração.
Paulo avaliou que Macapá precisa de um Centro de Convenções para incentivar o turismo, setor que, acrescentou, também depende de investimento na orla da cidade e no Marabaixo. Ele mostrou que é possível construir o Centro de Convenções com os senadores, bancada federal, governo da União e governo estadual, em sintonia, palavra que ele usa como um mote de campanha.
O psolista, além do concurso público para a saúde, prometeu processo seletivo para a educação e a Guarda Civil. Disse ser capaz disso porque quando secretário de Clécio Luís, quando o atual governador era prefeito, fez concurso; na Assembleia Legislativa, como deputado estadual, também fez concurso, e como secretário de governo chamou concursados para o estado.
Criticando a atual gestão da Prefeitura de Macapá, o candidato disse que nela não há transparência, e que isso atrapalha muito uma avaliação do trabalho de Antônio Furlan, pois não há como acessar ou procurar dados reais, como por exemplo o número de analfabetos existentes no município.
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