Nota 10

Curta-metragem amapaense “Tu Oro” é premiado no 6º Festival de Cinema da Amazônia, em Manaus

“Tu Oro” é uma obra ficcional que retrata o período histórico do Contestado Franco-Brasileiro, uma disputa territorial entre Brasil e França pelo Amapá, no final do século XIX


 

O filme “Tu Oro”, produção amapaense, foi vencedor de duas categorias na 6ª edição do Festival de Cinema da Amazônia – Olhar do Norte. A cerimônia de premiação aconteceu no dia 27 de setembro, no Teatro Amazonas, em Manaus. Dirigido e roteirizado por Rodrigo Aquiles Santos e produzido pela cineasta Rayane Penha, “Tu Oro” é uma obra ficcional que retrata o período histórico do Contestado Franco-Brasileiro, uma disputa territorial entre Brasil e França pelo Amapá, no final do século XIX.

 

Durante o festival, o Amapá foi consagrado com o prêmio de “Melhor Maquiagem”, sob a responsabilidade de Marina Beckman, atriz, produtora e subsecretária de cultura do estado do Amapá; e com o prêmio “Melhor Atuação” para Cláudio Silva, ator e produtor, que foi destaque pela performance como “Joaquim Pracuúba”.

 

Para o diretor Rodrigo Aquiles, “Tu Oro”, reforça o potencial do cinema amapaense e ressalta a importância de mais incentivos para o setor.

 

 

“Receber esse reconhecimento é uma prova concreta do imenso talento que temos no Amapá. O cinema amapaense, mesmo diante de inúmeros desafios, carrega um potencial extraordinário para contar histórias únicas e essenciais sobre nossa cultura, nossa gente e nosso território. Com produções como ‘Tu Oro’, conseguimos projetar nossa região, em toda sua riqueza e complexidade, para além das fronteiras do estado, e revelar ao Brasil e ao mundo quem somos e o que temos a dizer. É urgente, porém, que o setor audiovisual no Amapá receba mais apoio e visibilidade. Contamos com profissionais de talento e narrativas potentes que merecem espaço, mas para isso precisamos de mais investimentos, de políticas públicas que realmente funcionem e de oportunidades de capacitação”, ressaltou Rodrigo.

 

“Tu Oro”

O filme narra a história de um garimpeiro nativo da região sequestrado por um explorador francês, que busca uma lendária mina de ouro. O protagonista, vivido por Cláudio Silva, precisa usar seus conhecimentos sobre a floresta para impedir que o estrangeiro alcance seu objetivo. Com uma abordagem inovadora, o filme inaugura o gênero faroeste amazônico, e mescla um realismo fantástico, trazendo às telas a tensão do litígio entre Brasil e França pelo território amapaense. Tudo isso sob uma perspectiva decolonial, com uma nova interpretação deste o período histórico, onde o “colonizado” deixa de ser uma figura passiva e se torna protagonista de sua própria história.

 

A produção é fruto de uma parceria entre Moov, Catraia Filmes e Associação Giramundo, e foi contemplada pela Lei Aldir Blanc e pelo Laboratório Negras Narrativas 2020 da APAN. As filmagens ocorreram em Serra do Navio/AP em outubro de 2020 e contou com o apoio do ICMBio que cedeu sua base na cidade para hospedagem da equipe.

 

Fonte: Chico Terra

 


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