Advogada denuncia presidente da OAB por assédio moral
Roane de Souza Góes, tesoureira da entidade, afirma que há um ano, aproximadamente, está sendo bloqueado seu acesso na Ordem, bem como em reuniões, festividades, honraria ou mesmo no whatsapp institucional
Douglas Lima
Editor
A advogada Roane de Souza Góes tornou público no programa Togas e Becas (Diário FM 90,9) deste sábado, 5, situação de assédio moral que diz vir sofrendo na OAB-AP, por parte do presidente Auriney Brito, ao ponto de não poder exercer o cargo de diretora da tesouraria da entidade, para o quê foi eleita.
Roane revelou que a situação pela qual passa já tramita na esfera judicial e foi motivo de representação no Conselho Federal da OAB, e ainda que no último dia 2 registrou Boletim de Ocorrência na Delegacia Especializada de Crimes Contra a Mulher. No programa, ela teve apoio das advogadas Sandra Alcântara e Diandra Moreira, essa última, presidente da Associação dos Advogados Criminalistas do Amapá.
O causídico Alessandro Brito, também no Togas e Becas, abordou o assunto. Ele já foi conselheiro federal da OAB e é irmão de Auriney, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Amapá. “Em nome do legado de meu pai, de nossa família, peço desculpa publicamente a você”, disse Alessandro a Roane. O pai dos dois, Manoel Brito, foi presidente da OAB, membro do Ministério Público do Amapá e desembargador do Tjap.
No BO registrado na Delegacia da Mulher, Roane Góes comunicou que vem tendo desgaste em seu local de trabalho, por parte do presidente Auriney. Ela denuncia que há um ano, aproximadamente, está sendo bloqueado seu acesso na OAB, bem como em reuniões, festividades, honraria ou mesmo no whatsapp institucional.
A advogada também registra no Boletim de Ocorrência que é tesoureira, mas não consegue exercer o cargo, já que os servidores da OAB não acatam suas ordens e determinações devido as já emanadas pelo presidente. Ainda ressalta que não sabe precisar o motivo que gerou tal situação e que ao entrar na OAB prefere estar acompanhada, para que não seja assediada ou constrangida, e que por temer a situação, solicita providências.
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