Polícia

‘Caçula’ se entrega à Polícia Federal

Ex-candidato a vereador é investigado em esquema de financiamento eleitoral pela facção criminosa FTA


 

Elen Costa
Da Redação

 

Luanderson de Oliveira Alves, o ‘Caçula’, que foi candidato a vereador de Macapá, entregou-se à polícia. Ele estava com prisão preventiva decretada desde 20 de setembro e se apresentou nessa segunda-feira, 7, na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) no Amapá. Depois foi conduzido para o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) e ainda hoje, 8, passa por audiência de custódia.

 

Caçula é investigado em um esquema de financiamento eleitoral pelo crime organizado. Segundo levantamentos da Polícia Federal, ele seria uma espécie de ‘gerente patrimonial’ da organização criminosa FTA.

 

Alvo da operação Herodes, que resultou na prisão do então subsecretário da zeladoria urbana de Macapá, Jesaías Silva e Silva, conhecido como ‘Jeisa’, que foi exonerado do cargo após a ação da polícia. Caçula teria ligação direta com uma das mais violentas e temidas facções que atua no estado, cujos membros, juntamente com o candidato e o ex-secretário, teriam coagidos e ameaçado moradores do habitacional Macapaba, na zona norte de Macapá, a votarem em determinado grupo político.

 

No último sábado, 5, a 6ª Zona Eleitoral chegou a revogar a prisão de Caçula, substituindo-a por medidas restritiva de liberdade. No entanto, a determinação para prendê-lo foi renovada.

 

Investigação

Caçula e Jeisa passaram a ser investigados pela Polícia Federal depois que o telefone celular do responsável pelo financeiro da facção Família Terror do Amapá (FTA), conhecido como ‘Bebezão’ e que cumpre pena no Iapen por tráfico de drogas, foi apreendido.

 

 

Os levantamentos policiais, segundo informações, comprovaram a influência direta de Caçula junto aos líderes do grupo criminoso, e demonstraram que o intuito da facção era alcançar uma cadeira na Câmara de Vereadores de Macapá, para ter acesso às instituições públicas. Por outro lado, Jeisa, como subsecretário, teria usado sua influência política para atender algumas demandas da organização criminosa.

 


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