Polícia

Acusado de matar mulher grávida e o bebê que ela esperava já está na penitenciária

Com gestação de sete meses, vítima levou chutes na barriga e foi espancada com cinto pelo suspeito, seu marido


 

Elen Costa
Da Redação

 

Policiais civis da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM) prenderam na noite desta terça-feira, 8, no bairro Perpétuo Socorro, um indivíduo de 21 anos de idade, que estava com um mandado de prisão preventiva em aberto, sob acusação de ser o responsável pela morte da própria esposa que estava grávida de sete meses e do bebê que ela esperava.

 

 

Wendel Patrik Cordeiro Ramos, segundo relatos, teria agredido a companheira com chutes na barriga. A vítima chegou a dar entrada na Maternidade Mãe Luzia, em Macapá, mas não resistiu, assim como a criança.

 

Segundo informações, o fato aconteceu no mês passado, quando marido e mulher tiveram uma briga dentro de casa. Na confusão, Maria Iraneide Balieiro, de 38 anos, foi atingida e caiu ao chão. O filho mais velho dela, que tem seis anos de idade e presenciou o ocorrido, contou a familiares que a mãe também foi espancada pelo padrasto com um cinto.

 

 

“Em razão das fortes dores na barriga, a vítima pediu ajuda e foi encaminhada para o hospital, onde ficou internada. No dia seguinte ela sofreu um aborto, o feto foi retirado, e dois dias depois acabou indo a óbito também”, informou o delegado Bruno Braz, adjunto da DECCM e que preside a investigação.

 

Durante depoimento, Wendel Patrik, que será submetido nesta quarta-feira, 9, à audiência de custódia, negou ter agredido a esposa, mas confessou que batia nos filhos dela, para castigá-los e educá-los.

 

“Nós apuramos que essa vítima vivia um ciclo de violência há muito tempo, mas não pedia ajuda, nunca comunicou o fato à polícia. Familiares tentavam intervir, porém ela não permitia que eles se intrometessem. Mesmo sofrendo agressões de forma rotineira, ela protegia o agressor e, infelizmente, o desfecho dessa história foi trágico”, explicou Braz, garantindo que irá apurar a relação das agressões com o resultado morte.

 

“Estamos aguardando novos documentos médicos para tipificar o crime e, tão logo sejam juntados aos autos do processo, esses serão encaminhados ao Ministério Público”, concluiu.

 


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