Polícia

Soldado da PM acusado de homicídio tem prisão decretada pela Justiça

Decisão foi assinada nessa quarta-feira, 16, pelo juiz Luis Guilherme Conversani, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Macapá; Lucas Vilhena Filho, que também é conhecido como ‘Rato’, está sendo procurado pela Justiça


 

Elen Costa
Da Redação

 

Um policial militar, de 38 anos de idade, acusado de homicídio, está sendo procurado pela Justiça. Lucas Vilhena Batista Filho, que também é conhecido como “Rato”, teve a prisão preventiva decretada nesta quarta-feira, 16, pela 1ª Vara do Tribunal do Júri de Macapá. A decisão foi assinada pelo juiz Luis Guilherme Conversani.

 

De acordo com os autos, no início da manhã do dia 10 de agosto deste ano, durante uma confusão em uma conveniência 24 horas, localizada na avenida Pedro Lazarino, no bairro Buritizal, zona sul de Macapá, o soldado da PM teria atirado e matado Danilo Brandão Moura, de 25 anos.

 

 

A vítima, que tinha antecedentes criminais, foi atingida na coxa e chegou a ser socorrida. Mas morreu a caminho do Hospital de Emergência. O militar, que estava de folga, alegou que presenciou uma venda de entorpecentes no local e tentou prender o suspeito, o que deu início a uma confusão generalizada. Nenhum testemunho confirmou a versão do PM. Lucas chegou a ser levado para a delegacia, porém acabou liberado, após ser ouvido.

 

Reincidente

Em 2017, Lucas Vilhena foi apontado como autor do homicídio de um adolescente de 17 anos, no bairro Muca. À época, o policial se apresentou espontaneamente na delegacia e disse que agiu em legítima defesa, e, por isso, foi liberado.

 

No depoimento, ele relatou que tinha ido visitar uma amiga. Na ocasião, o militar estava desarmado e foi abordado por Elenilson Martel, que estava com uma arma de fogo e teria lhe oferecido drogas. Houve uma discussão entre os dois e, em seguida, luta corporal. Na disputa pelo armamento, ocorreram dois tiros, um deles atingiu o soldado de raspão na cabeça, e outro pegou na perna do menor, que lhe causou a morte.

 

A versão de Lucas foi contestada por moradores, que afirmaram que a vítima estava conversando no fim da madrugada do dia 27 de agosto com um grupo de indivíduos, na Ponte José de Paula Lobo, quando o acusado chegou. Os demais conseguiram fugir, entretanto, Elenilson tropeçou e caiu ao tentar correr. Ele ainda teria implorado pela vida, antes de receber o disparo fatal.

 

O Ministério Público Estadual (MPE) concluiu que Lucas estava de folga e foi ao local comprar drogas quando se desentendeu com o adolescente.

 

Lucas Vilhena Filho é da turma de 2010 da Polícia Militar do Estado do Amapá. Ele chegou a ser preso pela morte de Elenilson, mas logo teve a prisão revogada para responder ao processo em liberdade.

 


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